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Nigéria mantém opções abertas de resgate das meninas

O governo da Nigéria mantém todas as opções abertas para o resgate das menores sequestradas pelo grupo Boko Haram, segundo organização


	Jovens sequestradas pelo Boko Haram: menores foram sequestradas em 14 de abril
 (AFP)

Jovens sequestradas pelo Boko Haram: menores foram sequestradas em 14 de abril (AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2014 às 08h31.

Lagos - O governo da Nigéria, que estuda o vídeo no qual Boko Haram condiciona a libertação das mais de 200 meninas sequestradas à libertação de presos do grupo radical, mantém "todas as opções" abertas para o resgate das menores, segundo um diretor da Agência Nacional de Orientação (NOA).

"Se for necessário usar qualquer tipo de ação para libertar as meninas do cativeiro, faremos", disse Mike Omeri, diretor-geral da NOA, órgão vinculado ao Ministério de Informação, ontem à noite em entrevista coletiva reproduzida nesta terça-feira pela imprensa nigeriana.

Horas depois que serem divulgadas declarações atribuídas ao ministro do Interior nigeriano, Abba Moro, que afirmou que o governo não realizaria uma troca de presos do Boko Haram pelas meninas, Omeri assegurou que essas manifestações eram "totalmente falsas".

O diretor da NOA explicou que quando as supostas declarações de Moro foram divulgadas, o governo ainda estava revisando o vídeo em que o líder de Boko Haram, Abubakau Shekau, estabelecia as condições para a libertação das estudantes.

Perguntado se o governo do presidente Goodluck Jonathan estaria disposto a negociar com os terroristas, Omeri asseverou: "Digo que todas as opções estão abertas, estamos em contato com serviços de inteligência militar no mundo todo. Essa é uma das opções que temos a nosso alcance, e há muitas mais".

O diretor da agência nigeriana explicou que as forças nigerianas trabalham em uma "operação de resgate e o objetivo é o de garantir que as meninas voltem para casa sãs e salvas, não mortas".

No entanto, em declarações ao jornal "This Day", o ministro do Interior afirmou que, faltando completar a análise do vídeo, "a troca de membros de Boko Haram pelas inocentes estudantes de Chibok não está na mesa".

O governo tem consultado especialistas em inteligência militar de todo o mundo sobre esta questão, revelou Omeri, que coordenou o encontro realizado ontem entre várias agências.

Em reação ao vídeo de Boko Haram, em que aparecia uma centena de menores vestidas com o hiyab (vestimenta feminina islâmica), o governador do Estado de Borno, Kashim Shettima, ordenou que os pais das meninas assistissem as imagens para verificar sua identidade.

No vídeo podem ser vistas 130 meninas, menos da metade das menores que foram sequestradas em 14 de abril em uma escola do ensino médio de Chibok, no Estado de Borno, bastião dos insurgentes, segundo o "This Day".

Analistas consultados pelo rotativo apontaram que o fato de que não aparecerem todas as meninas no vídeo levanta a suspeita de que tenham sido divididas em vários grupos para facilitar seu esconderijo.

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