Mão de Oscar Niemeyer realizando um esboço: “ele introduziu não só a forma curva, mas também a leveza. Os prédios parecem flutuar", disse Gullar (Oscar Cabral / Veja)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 11h00.
Rio de Janeiro - O poeta e escritor Ferreira Gullar disse hoje (7) que Oscar Niemeyer fez arquitetura com leveza. Ele esteve na manhã de hoje (7) no velório do arquiteto, no Palácio da Cidade, sede de prefeitura do Rio de Janeiro.
“Ele introduziu não só a forma curva, mas também a leveza. Os prédios parecem flutuar. Vim aqui para me despedir. Para nós amigos é uma dor irreparável”, contou o poeta.
Admiradores, netos, bisnetos e a viúva, Vera Niemeyer, acompanham o velório. Mais de 20 coroas de flores foram enviadas por parentes e amigos.
Uma das pessoas que deram adeus a Niemeyer na manhã desta sexta-feira foi o menino Richard Freitas Dias, de 6 anos. Ele adora sambar e ficou impressionado com a obra do Sambódromo do Rio de Janeiro, de autoria do arquiteto. A partir de então, passou a admirar o trabalho de Niemeyer.
“Ele disse: 'Mãe, um dia ainda quero conhecer o Oscar Niemeyer'. Eu disse: 'Você vai conhecer. Ele está com 104, mas acho que ainda é possível', por isso o trouxe aqui”, contou Ana Maria Silva, mãe de Richard. O menino, que quer ser professor ou arquiteto quando crescer, foi até o caixão e tocou o vidro.