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Neto de Gandhi se prepara para seguir os passos da avó

"Sou um soldado do Congresso. Obedecerei qualquer ordem que me seja dada. Farei tudo o que o Congresso me diga que faça", assegurou Gandhi


	Rahul: ele é bisneto, neto e filho de primeiros-ministros da família Nehru-Gandhi, que à frente do Partido do Congresso governou a maior parte da história independente da Índia 
 (Ajay Aggarwal/Hindustan Times/Getty Images)

Rahul: ele é bisneto, neto e filho de primeiros-ministros da família Nehru-Gandhi, que à frente do Partido do Congresso governou a maior parte da história independente da Índia  (Ajay Aggarwal/Hindustan Times/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 14h56.

Nova Délhi - O neto da ex-primeira-ministra indiana Indira Gandhi, Rahul Gandhi, disse nesta terça-feira que está pronto para "aceitar qualquer responsabilidade" que lhe seja dada pelo Partido do Congresso nas eleições gerais deste ano.

"Da mesma forma que até agora, aceitarei qualquer responsabilidade que me seja dada no futuro pelo meu partido e a exercerei com total dedicação", afirmou Gandhi em entrevista ao jornal local "Dainik Bhaskar".

A maioria da imprensa indiana que publica a entrevista concorda ao interpretar as palavras de Gandhi, "número dois" do Partido do Congresso, como um antecipação ao anúncio de sua candidatura como cabeça de lista dessa formação nas iminentes eleições gerais.

O momento escolhido para lançar sua candidatura oficial para primeiro-ministro da Índia será possivelmente durante um encontro nesta sexta-feira em Nova Délhi do Comitê do Partido do Congresso, que governa o gigante asiático.

"Sou um soldado do Congresso. Obedecerei qualquer ordem que me seja dada. Farei tudo o que o Congresso me diga que faça", assegurou Gandhi, de 43 anos.

Rahul é bisneto, neto e filho de primeiros-ministros da família Nehru-Gandhi, que à frente do Partido do Congresso governou a maior parte da história independente da Índia e muitos em sua formação esperam que siga os passos deles.


"Pelo interesse da nação, é necessário que o Congresso alcance o poder (nas próximas eleições)", declarou o vice-presidente do partido liderado por sua mãe, Sonia Gandhi.

O Congresso, no entanto, se encontra em momentos difíceis. No último mês de dezembro, o partido da família Nehru-Gandhi desabou no pleito de Nova Délhi, no qual após três mandatos consecutivos, foi superado em votos pelo nacionalista hindu Bharatiya Janata Party (BJP) e pelo Partido Aam Admi (AAP), que nasceu há um ano.

Estes dois partidos obtiveram 32 e 28 cadeiras respectivamente das 70 em jogo, o que confirmou o saturação do eleitorado com o Partido do Congresso, embora Rahul Gandhi já tenha demonstrado sua intenção de reformá-lo e possui, segundo alguns analistas, "uma agenda progressista".

No entanto, a Gandhi lhe espera uma corrida complicada, pois deverá enfrentar o carismático candidato do BJP, Narendra Modi, e a possível candidatura da "estrela" do momento na Índia, Arvind Kejriwal, ativista anticorrupção e líder do AAP. 

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