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Netanyahu sugere saída dos que desaprovam seu governo

Primeiro-ministro sugeriu que os cidadãos palestino-israelenses que desaprovam as políticas de seu governo que se mudem para "Gaza ou Cisjordânia"


	Netanyahu: "para aqueles que se manifestarem contra Israel e a favor do Estado palestino, digo algo muito simples: convido a se mudarem para lá"
 (Jim Hollander/AFP)

Netanyahu: "para aqueles que se manifestarem contra Israel e a favor do Estado palestino, digo algo muito simples: convido a se mudarem para lá" (Jim Hollander/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2014 às 15h22.

Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sugeriu nesta segunda-feira que os cidadãos palestino-israelenses que desaprovam as políticas de seu governo que se mudem para "Gaza ou Cisjordânia", informou a edição digital do diário "Ha"aretz".

"Para aqueles que se manifestarem contra Israel e a favor do Estado palestino, digo algo muito simples: convido a se mudarem para lá, não causaremos nenhum problema", ameaçou o premiê durante um encontro de seu partido, o Likud, no parlamento israelense (Knesset).

Suas declarações são uma resposta ao incidente de hoje em Tel Aviv, em que um soldado israelense ficou ferido ao ser apunhalado em uma estação da cidade por um palestino de Nablus, na Cisjordânia ocupada.

Forças de segurança israelenses detiveram o suposto autor do ataque, que está sendo investigado.

Horas depois, um segundo incidente semelhante se repetiu na Cisjordânia, nas proximidades do bloco de assentamentos de Gush Etzion. Uma mulher morreu e outras duas pessoas ficaram feridas ao serem apunhaladas por um homem vindo de Hebron que ficou gravemente ferido pela polícia.

No discurso, Netanyahu garantiu "a luta contra a incitação dirigida pela Autoridade Palestina" e afirmou que tomará "ações concretas contra os que pedem a destruição do Estado de Israel".

Suas palavras reiteram a mensagem divulgada sábado por seu escritório, da intenção de solicitar ao Ministério do Interior que estude a revogação da cidadania de palestino-israelenses que "atentarem" contra o país.

O ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, durante a mesma sessão no parlamento retomou o tema da troca de territórios - colônias judaicas na Cisjordânia por localidades árabes em Israel - como parte de uma futura solução pactuada para a criação do Estado palestino.

Lieberman ainda acusou de "terrorista" a parlamentar palestina-israelense Hanin Zoabi, suspensa por seis meses de discursar nas sessões da Câmara após afirmar que os responsáveis pelo assassinato de três adolescentes judeus em junho não eram terroristas.

"Se Zoabi disse que o sequestro dos três jovens não é um ato de terrorismo e anda por aí em vez de estar atrás das grades, isso encoraja o terror. Ela representa organizações terroristas no Knesset", acusou o líder conservador.

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