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Em busca da reeleição, Netanyahu promete anexar partes da Cisjordânia

Em campanha pela reeleição, Netanyahu disse estar coordenando com os EUA para garantir a soberania de Israel sobre os assentamentos judaicos na região

Benjamin Netanyahu: em campanha pela reeleição, primeiro-ministro de Israel faz promessas de anexação da Cisjordânia (Amir Cohen/Reuters)

Benjamin Netanyahu: em campanha pela reeleição, primeiro-ministro de Israel faz promessas de anexação da Cisjordânia (Amir Cohen/Reuters)

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AFP

Publicado em 10 de setembro de 2019 às 14h58.

Última atualização em 10 de setembro de 2019 às 16h19.

São Paulo - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu nesta terça-feira que anexará uma parte estratégica da Cisjordânia ocupada se for reeleito em 17 de setembro.

"Se eu receber de vocês, cidadãos de Israel, um mandato claro (...) declaro hoje minha intenção de aplicar, com um futuro governo, a soberania de Israel sobre o vale do Jordão e a parte norte do mar Morto", disse Netanyahu em coletiva de imprensa em Ramat Gan, perto de Tel Aviv.

No anúncio, Netanyahu também afirmou estar em coordenação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para assegurar a soberania de Israel em todos os assentamentos judaicos na Cisjordânia. "O plano dos EUA é um grande desafio e uma grande oportunidade para garantir a soberania nos assentamentos e outras áreas importantes para nosso povo", continuou.

Uma importante autoridade palestina reagiu ante a promessa de Netanyahu afirmando que isso destrói qualquer possibilidade de paz. "Não está apenas destruindo a solução dos dois Estados, mas também destruindo qualquer possibilidade de paz", alertou Hanan Ashraui, uma das principais autoridades falando à AFP. "Isso muda tudo", acrescentou.

O status da Cisjordânia ante a comunidade internacional é de território ocupado. Até 1967, era considerada uma parte da Jordânia, mas foi ocupada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias.

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