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Netanyahu pede para EUA impor 'linha vermelha' como ultimato

Primeiro-ministro israelense afirmou que esforços do Irã para desenvolver armas nucleares já estão em uma 'zona vermelha' e perto de seu objetivo


	Benjamin Netanyahu: É hora dos Estados Unidos estabelecerem uma clara 'linha vermelha' para o Irã não atravessar sem risco de sofrer um ataque militar
 (©AFP / Gali Gibbon)

Benjamin Netanyahu: É hora dos Estados Unidos estabelecerem uma clara 'linha vermelha' para o Irã não atravessar sem risco de sofrer um ataque militar (©AFP / Gali Gibbon)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2012 às 19h24.

Washington, 16 set (EFE).- O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo que os esforços do Irã para desenvolver armas nucleares já estão em uma 'zona vermelha' e perto de seu objetivo e, por isso, é hora dos Estados Unidos estabeler uma clara 'linha vermelha' para o Irã não atravessar sem risco de sofrer um ataque militar.

'Estão na zona vermelha. Estão nas últimas 20 jardas e não podemos deixá-los cruzar a linha do gol. Não podemos deixar que anotem um 'touchdown'', advertiu Netanyahu, utilizando termos do futebol americano, em uma entrevista à emissora 'NBC'.

Netanyahu também comparou o perigo de um Irã com armas nucleares com o descontentamento islâmico que alimentou os ataques às embaixadas dos EUA em vários países árabes.

'É o mesmo fanatismo que ataca suas embaixadas na atualidade. Deseja que estes fanáticos cheguem a ter armas nucleares?', indagou o primeiro-ministro israelense.

Netanyahu sustentou que um ultimato convincente dos EUA é necessário para frear o Irã, embora a República Islâmica nega estar melhorando suas instalações nucleares com fim armamentício.

O primeiro-ministro israelense, que viajará para Nova York para a reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas, está há várias semanas fazendo uma chamada ao presidente americano, Barack Obama, para que seja mais firme em suas posições referentes ao Irã.

Nesta semana, Netanyahu manifestou seu mal-estar por não poder se reunir com o líder americano em sua viagem aos EUA, algo que não ocorrerá, segundo a Casa Branca, por uma questão de incompatibilidade de agendas.

'Sempre nos reservamos o direito de atuar, mas acho que se somos capazes de coordenar em conjunto uma posição comum, aumentamos as possibilidades que nenhum dos dois tenha que atuar', afirmou o primeiro-ministro israelense em referência às possíveis intervenções militares de maneira unilateral por parte de Israel.

Além de Netanyahu, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, também exaltou seu mal-estar pelas estagnadas negociações com o Irã, devido ao seu controvertido programa nuclear, e expos suas 'frustrações' por umas conversas que giram em torno de procedimentos ao invés de vez de entrar em detalhes.

Perante a falta de avanços nas inspeções, o Irã segue aumentando a produção de material físsil e a construção de instalações nucleares, enquanto Israel ameaça realizar um ataque aéreo contra as usinas atômicas da República Islâmica. EFE

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