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Netanyahu ordena que delegação continue negociações no Cairo sobre cessar-fogo em Gaza

As partes estão próximas de um acordo para que Egito e Estados Unidos assumam o controle do corredor

Guerra Israel-Hamas: conflito teve início em 7 de outubro de 2023 (Jacquelyn Martin/Getty Images)

Guerra Israel-Hamas: conflito teve início em 7 de outubro de 2023 (Jacquelyn Martin/Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 11 de julho de 2024 às 11h47.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se reuniu nesta quinta-feira com a delegação de negociação do país, que retornou de Doha, e a instruiu a viajar para o Cairo nesta tarde para continuar as conversas sobre um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.

"Na reunião, discutimos os capítulos do acordo para o retorno dos sequestrados e as formas de implementar o plano, garantindo todos os objetivos da guerra", declarou o gabinete do primeiro-ministro em comunicado.

O chefe do Shin Bet, Ron Bar, lidera a equipe de negociação israelense no Cairo, enquanto a missão em Doha, onde o Catar é o interlocutor do Hamas, foi liderada pelo chefe da agência de inteligência nacional israelense Mossad, David Barnea.

Um dos pontos críticos das negociações é o controle do corredor da Filadélfia, a fronteira de 14 quilômetros entre a Faixa de Gaza e Egito, agora assumida por Israel, que exige o fim do contrabando de armas por essa rota.

De acordo com informações da imprensa, as partes estão próximas de um acordo para que Egito e Estados Unidos assumam o controle do corredor.

A continuação das negociações no Cairo pode estar relacionada a esse ponto, bem como à reabertura da passagem de Rafah, que está fechada desde maio, quando o Exército israelense tomou a cidade.

A ordem para continuar as conversas dá esperança de um acordo, depois de nove meses de guerra, nos quais houve apenas uma semana de trégua - na qual 105 sequestrados foram liberados em troca de 240 prisioneiros palestinos -, de acordo com as mensagens de otimismo das autoridades dos EUA nos últimos dias.

O Hamas, no entanto, foi mais cauteloso, dizendo que os mediadores ainda não informaram o grupo islâmico sobre "qualquer progresso nas negociações que visam a um cessar-fogo e à troca de prisioneiros".

"A ocupação continua com uma política de atraso para ganhar tempo a fim de frustrar essa rodada de negociações, como fez em rodadas anteriores, e isso não ignora nosso povo e sua resistência", anunciou o Hamas em comunicado.

As partes negociam um cessar-fogo duradouro - o Hamas exige o fim da guerra, mas Netanyahu quer continuar a guerra -, um plano de governo pós-guerra e a troca dos 116 reféns restantes na Faixa de Gaza por mais prisioneiros palestinos.

O chefe da agência de inteligência americana CIA, William Burns, esteve envolvido nas negociações no Cairo e em Doha, enquanto o enviado da Casa Branca para o Oriente Médio, Brett McGurk, viajou do Cairo para Israel, onde se reuniu com Netanyahu e com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, para pressionar por um acordo.

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