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Netanyahu não mudará status quo da Esplanada das Mesquitas

Benjamin Netanyahu disse que não haverá mudanças no status quo da Esplanada das Mesquitas, após violentos enfrentamentos

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante discurso (Ronen Zvulun/Reuters)

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante discurso (Ronen Zvulun/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 07h54.

Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira que não haverá mudanças no status quo da Esplanada das Mesquitas, conhecida pelos israelenses como Monte do Templo, após os violentos enfrentamentos registrados no local.

Em um comunicado divulgado por seu porta-voz para a imprensa estrangeira, Mark Reguev, o primeiro-ministro afirmou que Israel não tem intenção de modificar o delicado equilíbrio de forças no recinto sagrado tanto para muçulmanos como para judeus.

"Nas reuniões de segurança realizadas ontem à noite, Netanyahu deixou claro que não haverá nenhuma mudança no status quo no Monte do Templo e quem expressar opiniões diferentes apresenta sua visão pessoal e não a política do governo", esclareceu o porta-voz.

A Jordânia, que em virtude do acordo de paz com Israel de 1994, administra as atividades religiosas na esplanada, retirou ontem seu embaixador em Israel em protesto contra o que descreveu como "violações" cometidas em Jerusalém e seus lugares santos.

Forças de segurança israelenses entraram na manhã da quarta-feira na Esplanada das Mesquitas e lançaram bombas de efeito moral na Mesquita de al-Aqsa, terceira na hierarquia do islamismo, para reprimir protestos gerados pela visita de ultranacionalistas judeus.

Estas visitas, autorizadas pelo governo israelense, são consideradas uma provocação pelos muçulmanos, e uma mostra de força para reivindicar soberania no local por parte dos setores mais radicais em Israel, com o argumento de que não podem rezar na Esplanada das Mesquitas.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, afirmou nesta manhã em entrevista que políticos de extrema direita estão tentando aquecer os ânimos em Jerusalém.

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