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Netanyahu: frota de ajuda à Gaza era operação terrorista

Em um discurso à nação, transmitido pela TV, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que "Israel está sendo vitima de um ataque de hipocrisia internacional"

Netanyahu: "Não era um cruzeiro do amor" (.)

Netanyahu: "Não era um cruzeiro do amor" (.)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2010 às 10h42.

Jerusalém - A frota de ajuda humanitária que seguia para Gaza, atacada pela marinha israelense na segunda-feira, fazia parte de "uma operação terrorista", pelo quê "Israel está sendo vitima de um ataque de hipocrisia internacional", disse nesta quarta-feira (2) o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em um discurso à nação, transmitido pela TV.

"Não era um cruzeiro de amor, era um cruzeiro de ódio. Não era uma operação pacífica, era uma operação terrorista", declarou Netanyahu, ao justificar o sangrento ataque à flotilha humanitária, no qual morreram nove passageiros.

Netanyahu também afirmou que o bloqueio a Gaza vai continuar.

O bloqueio marítimo a Gaza é necessário para evitar que "se torne um porto iraniano" e "uma ameaça para o Mediterrâneo e a Europa", disse.

"Nosso dever é inspecionar todos os barcos que chegam. Se não o fizermos, Gaza se tornará um porto iraniano, o que seria uma ameaça real para o Mediterrâneo e a Europa", afirmou Netanyahu.

"O estado de Israel continuará exercendo seu direito a autodefesa. A segurança está acima de tudo", acrescentou o primeiro-ministro israelense.

Hamas, o movimento islâmico radical que controla Gaza, "continua a se armar e o Irã, transferindo armas ao Hamas, em particular foguetes e mísseis", disse Netanyahu.

Essas armas "apontam para as localidades israelenses próximas a Gaza, mas também para subúrbios de Tel-Aviv e Jerusalém", acrescentou o chefe do governo israelense.

"Nosso dever é impedir que essas armas penetrem em Gaza por terra, ar ou mar", afirmou Netanyahu.
 

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