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Netanyahu envia Exército a zona desmilitarizada nas Colinas de Golã, território sírio sob ocupação

Premier israelense, que classificou derrubada de Assad como 'dia histórico no Oriente Médio', afirma que acordo de mais 50 anos entrou em colapso

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu discursa em uma cerimônia para lançar a pedra fundamental de um memorial aos israelenses mortos nos ataques de outubro de 2023 por militantes palestinos, no Parlamento, que abre sua sessão de inverno em Jerusalém em 28 de outubro de 2024 (Debbie Hill/AFP)

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu discursa em uma cerimônia para lançar a pedra fundamental de um memorial aos israelenses mortos nos ataques de outubro de 2023 por militantes palestinos, no Parlamento, que abre sua sessão de inverno em Jerusalém em 28 de outubro de 2024 (Debbie Hill/AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 8 de dezembro de 2024 às 14h53.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo, 8, que ordenou que o Exército “tomasse” uma zona desmilitarizada nas Colinas de Golã, após a derrubada de Bashar al-Assad na Síria. Segundo o premier, o acordo de mais 50 anos entrou em colapso quando “as forças sírias abandonaram suas posições”.

O Exército israelense já havia reforçado suas tropas no território sírio, ocupado e anexado por Israel, na última sexta-feira, após a ofensiva feroz da aliança de rebeldes liderada pelo grupo islâmico Hayet Tahrir al-Sham (HTS). O primeiro-ministro israelense fez o anúncio durante uma visita à região, que faze fronteira com a zona tampão.

Netanyahu classificou a derrubada de Assad na Síria como um “dia histórico no Oriente Médio” e a queda de um “elo central do eixo do mal” liderado pelo Irã.

"É o resultado direto dos golpes que infligimos ao Irã e ao Hezbollah, os principais apoiadores de Assad. Isso desencadeou uma reação em cadeia em todo o Oriente Médio, fortalecendo aqueles que buscam a liberdade desse regime opressivo — acrescentou o primeiro-ministro israelense", disse.

Israel se apoderou de parte das Colinas de Golã, sob domínio sírio, na guerra de 1967 e, em seguida, anexou parte desse território estratégico em 1981, uma ação não reconhecida pela comunidade internacional, com exceção dos Estados Unidos.

Asforças sírias abandonaram suas posições perto da região desde que os rebeldes, liderados pelo grupo islâmico radical Hayet Tahrir al-Sham (HTS), lançaram uma ofensiva relâmpago em 27 de novembro, informou uma ONG que monitora a guerra civil da Síria.

No sábado, 7, o Exército israelense anunciou que estava ajudando as forças de paz da ONU na região das Colinas de Golã controlada pela Síria a repelir um ataque “de indivíduos armados” perto de Hader, uma localidade na zona patrulhada por capacetes azuis.

Neste domingo, os rebeldes avançaram do nordeste para tomar a capital síria, Damasco, e forçar Assad a renunciar e fugir do país, o que acabou com anos de impasse na guerra civil da Síria, que começou em 2011 e encerrou cinco décadas de governo do partido Baath.

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