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Netanyahu diz que vitória sobre Irã abre caminho para expandir 'acordos de paz'

O enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, sinalizou que mais países devem aderir aos Acordos de Abraão

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 26 de junho de 2025 às 21h04.

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou nesta quinta-feira que a vitória sobre o Irã é uma oportunidade para expandir o número de acordos de paz entre Israel e outros países da região.

"Lutamos bravamente contra o Irã e obtivemos uma grande vitória. Essa vitória abre uma oportunidade para uma expansão dramática dos acordos de paz. Estamos trabalhando duro para isso", diz uma nota divulgada pelo gabinete do premiê.

No texto, Netanyahu também se refere à ofensiva de guerra na Faixa de Gaza e reitera que, além de conseguir a libertação dos 50 reféns e derrotar o Hamas, "há uma oportunidade" que não deve ser desperdiçada.

"Não devemos desperdiçar um único dia", acrescenta.

Na quarta-feira passada, o enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, deu a entender que mais países devem aderir aos Acordos de Abraão, que preveem a normalização das relações entre Israel e os países árabes e foram assinados durante o primeiro mandato do presidente americano, Donald Trump (2017-2021).

"Acreditamos que teremos anúncios importantes sobre os países que aderirão aos Acordos de Abraão", disse Witkoff em entrevista à emissora americana "CNBC".

Enquanto isso, de acordo com uma matéria exclusiva do jornal "Israel Hayom" (o de maior circulação do país), após o ataque dos EUA ao Irã, Trump, o secretário de Estado, Marco Rubio, Netanyahu e o ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, conversaram por telefone e discutiram o futuro de Gaza e como expandir os Acordos de Abraão, entre outras questões.

Uma fonte familiarizada com a conversa disse ao jornal que um dos objetivos seria acabar com a guerra em Gaza nas próximas "duas semanas", chegando a um acordo para libertar os reféns e forçar a liderança do Hamas a se exilar. Além disso, outros países serão incentivados a receber os habitantes de Gaza que quiserem sair.

Os EUA, por sua vez, reconheceriam a soberania israelense "limitada" na Cisjordânia ocupada, e países como a Síria - ou até mesmo a Arábia Saudita - estabeleceriam relações oficiais com Israel, enquanto o Estado judeu estaria aberto a uma solução de "dois Estados", algo que Netanyahu sempre se recusou a fazer.

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