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Netanyahu diz que Síria demonstra o que Irã poderia fazer

Primeiro-ministro de Israel se referiu aos supostos ataques químicos por parte do regime como uma ameaça que poderia acontecer também com Irã

Atirador de elite do Exército Livre da Síria é visto em posição de tiro em Alepo (Malek Alshemali/Reuters)

Atirador de elite do Exército Livre da Síria é visto em posição de tiro em Alepo (Malek Alshemali/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2013 às 17h49.

Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo que o que vem ocorrendo na Síria, em referência aos supostos ataques químicos por parte do regime, 'demonstra o que poderia acontecer se o Irã possuir armas mais mortíferas'.

Netanyahu fez o alerta durante uma reunião em Jerusalém com o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius.

'Acho que o que ocorre ali é um crime cometido pelo regime sírio contra seu próprio povo. É sinceramente estremecedor. As atrocidades devem acabar', afirmou Netanyahu segundo um comunicado de seu gabinete.

O chefe do Executivo israelense disse ainda que o regime de Bashar al Assad não atua sozinho e conta com a ajuda do 'Irã e do Hezbollah, que desempenham um papel ativo na Síria'.

Segundo Netanyahu, o que ocorre no país vizinho é a prova de 'como os regimes extremistas não têm nenhum tipo de reservas em empregar esse tipo de armas inclusive contra civis inocentes, contra seu próprio povo'.

O primeiro-ministro também comentou sobre o processo de paz com os palestinos.

'As pessoas acreditam que a causa da instabilidade no Oriente Médio é o problema palestino-israelense. Não é a raiz do problema, é uma das soluções. É um dos resultados da confusão regional e, de fato, uma manifestação dos muitos problemas'.

'Se tivéssemos a paz com os palestinos, as centrífugas no Irã não cessariam, a agitação não pararia na Síria, a instabilidade no norte da África não pararia e nem os ataques ao Ocidente', argumentou.

As declarações do primeiro-ministro israelense ocorrem em meio a um debate sobre uma possível intervenção dos Estados Unidos diante das denúncias de ataques químicos na Síria.

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