Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Amir Cohen/Reuters)
EFE
Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 12h03.
Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel e também titular das Relações Exteriores, Benjamin Netanyahu, dará um impulso à agenda internacional antes das eleições gerais de 9 de abril, com viagens para EUA, Marrocos, Índia e possivelmente Bahrein, informaram nesta quinta-feira veículos de imprensa locais israelenses.
Além dessas visitas oficiais, Netanyahu receberá em Israel antes do pleito o novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, cuja posse acompanhou no começo de janeiro e com o qual espera-se que haja uma aproximação bilateral, informou o site "Ynet".
Fontes políticas confirmaram à imprensa que está negociando a visita de Netanyahu a Nova Délhi (Índia), para onde já se deslocou no ano passado, e país com o qual tenta aprofundar os laços econômicos e diplomáticos.
Duas semanas antes da reunião eleitoral, Netanyahu também viajará para os EUA para participar da reunião anual com o lobby judeu americano AIPAC, e espera-se que durante a viagem se reúna com o presidente americano Donald Trump.
A estas viagens se soma a visita em meados de fevereiro dos representantes do Grupo Visegrado (Polônia, República Tcheca, Hungria e Eslováquia) para realizar uma cúpula.
O Marrocos, além disso, anunciou uma visita de Netanyahu a Rabat antes de 9 de abril, e o "Ynet" assegurou que há conversas para uma possível viagem ao Bahrein, a fim de mostrar a aproximação com esse estado do Golfo.
A irrupção na corrida eleitoral do ex-chefe do Estado Maior israelense Beny Gantz poderia diminuir apoios a Netanyahu, suspeito, embora não acusado, de vários casos de corrupção.
Após pronunciar seu primeiro discurso eleitoral nesta semana, várias pesquisas davam ao Partido da Resiliência de Israel, recém-formado e liderado por Gantz, um prognóstico de mais de 20 cadeiras, em um Parlamento de 120, o que lhe transformaria na segunda força mais votada com entre oito e dez cadeiras, menos que o governante Likud.
Estes resultados abririam a porta para a formação de uma coalizão de Governo e tirar Netanyahu da Chefia do Executivo.