Benjamin Netanyahu: "Israel está muito interessado nos vínculos com o Brasil e acredita em seu potencial latente" (Ronen Zvulun/Reuters)
EFE
Publicado em 27 de fevereiro de 2018 às 15h49.
O ministro de Relações Exteriores Aloysio Nunes, que está em viagem oficial a Israel e Palestina, se reuniu nesta terça-feira com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com quem debateu sobre como melhorar a cooperação entre os países nos setores de segurança, educação, cultura e mundo acadêmico.
"Israel está muito interessado nos vínculos com o Brasil e acredita em seu potencial latente", afirmou Netanyahu, que se mostrou muito interessado em criar "laços mais profundos" com o país.
Antes deste encontro, Nunes visitou o Museu do Holocausto Yad Vashem, onde fez uma oferta de flores no Yad Vashem (Museu do Holocausto) e acendeu a "chama eterna" em memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas.
O chanceler do Itamaraty assinou o livro de visitas e homenageou os brasileiros Aracy Guimarães Rosa e Luiz Martins de Souza Dantas, cujos nomes estão escritos no Jardim dos Justos, por terem sido reconhecidos com o título de Justos entre as Nações, máxima homenagem que o museu dá a não judeus que ajudaram a salvar vidas judias.
Aracy, apelidada de Anjo de Hamburgo, trabalhou como funcionária no consulado desta cidade durante os anos do nazismo, e onde concedeu vistos com nomes falsos, ou como se fossem católicos, para que judeus pudessem fugir para o Brasil.
Dantas, então embaixador brasileiro na França e chamado de Schindler brasileiro, concedeu pelo menos 800 vistos a perseguidos por Hitler; metade deles para judeus, a outra metade para outras minorias ameaçadas, como homossexuais e ciganos.
O chefe da diplomacia brasileira também se reúne hoje com o presidente israelense, Reuven Rivlin, e com o titular de Cooperação Regional, Tzachi Hanegbi; o presidente do Comitê de Exteriores e Defesa do Parlamento, Avi Ditcher; e com o líder da oposição, Isaac Herzog.
Amanhã visitará as instalações da usina de dessalinização de Ashkelon (no sudoeste do país), e depois um centro cultural brasileiro na cidade de Tel Aviv.