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Netanyahu bate recorde de longevidade no governo de Israel

Com casos de sucessos diplomáticos e econômicos, o líder é acusado de dividir o país com políticas de direita e populistas

Benjamin Netanyahu: Primeiro-ministro de Israel está há mais de 13 anos no poder (Ammar Awad/Reuters)

Benjamin Netanyahu: Primeiro-ministro de Israel está há mais de 13 anos no poder (Ammar Awad/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de julho de 2019 às 20h17.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, superará no próximo sábado o pai fundador de Israel, David Ben Gurion, no recorde de longevidade à frente do país.

Aos 69 anos, Benjamin Netanyahu, terá ocupado no sábado o cargo de primeiro-ministro durante 4.876 dias, mais de 13 anos, segundo um cálculo do centro de reflexão Israel Democracy Institute (IDI).

Ben Gurion, líder do partido socialista Mapai que proclamou a independência de Israel em 1948, foi o primeiro-ministro até 1954 e novamente de 1955 a 1963.

Avaliado por sucessos diplomáticos e econômicos, Netanyahu é igualmente acusado de dividir o país com suas políticas de direita e populistas.

Foi chefe do governo entre 1996 e 1999, novamente desde 2009.

Após a última vitória nas eleições legislativas em abril, fracassou na formação de uma coalizão governamental e decidiu convocar novas eleições, que serão celebradas em 17 de setembro.

Pouco depois, em outubro, está prevista uma audiência na qual poderá ser acusado por corrupção.

Seus muitos apoiadores consideram que ele desempenha um bom governo, com uma série de avanços diplomáticos e crescimento econômico.

Seus críticos estimam que Netanyahu demonizou seus opositores políticos e a minoria árabe de Israel com seu populismo, além de muitas vezes ter colocado suas ambições pessoais à frente do interesse nacional.

Desde o fracasso da última serie de negociações com a direção palestina em 2014, Netanyahu buscou, e conseguiu em parte, marginalizar a questão da ocupação israelense dos territórios palestinos.

Neste sentido foi apoiado pelo governo de Donald Trump, que orientou a política de Washington a favor de Israel.

Também forjou alianças e reforçou laços com os Estados árabes do Golfo, com quem compartilha hostilidades contra o Irã.

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