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Netanyahu afirma que Trump fará islamismo radical retroceder

Netanyahu louvou ainda o compromisso de Trump na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI)

Netanyahu e Trump: "Sob sua liderança, acredito que podemos fazer com que retroceda a crescente onda do Islã radical" (Kevin Lamarque/Reuters)

Netanyahu e Trump: "Sob sua liderança, acredito que podemos fazer com que retroceda a crescente onda do Islã radical" (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 17h32.

Washington - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta quarta-feira que a liderança do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, permitirá que "a onda do Islã radical retroceda" no Oriente Médio, o que abrirá "avenidas para a paz" na região.

"Sob sua liderança, acredito que podemos fazer com que retroceda a crescente onda do Islã radical e, nesta grande tarefa, como em muitas outras, Israel está de seu lado e eu também", disse Netanyahu a Trump durante uma entrevista coletiva conjunta antes de reunir-se com o presidente americano na Casa Branca.

"Senhor presidente, ao dar marcha à ré no islamismo militante, podemos aproveitar uma oportunidade histórica porque, pela primeira vez em minha vida e na vida do meu país, os países árabes na região não veem Israel como um inimigo, mas cada vez mais como um aliado", acrescentou o premiê israelense.

Segundo Netanyahu, essa "mudança na região cria uma oportunidade sem precedentes de fortalecer a segurança e impulsionar a paz".

"Aproveitemos juntos este momento. Potencializemos a segurança. Busquemos novas avenidas para a paz e levemos a notável aliança entre Israel e Estados Unidos a alturas ainda mais elevadas", completou.

Segundo o jornal "The New York Times", Trump e seus assessores estão desenvolvendo uma estratégia para o conflito entre Israel e os palestinos que consistiria em recrutar países árabes sunitas como Egito e Arábia Saudita para que ajudem a extrair concessões das partes, uma ideia que se encaixa com as preferências de Netanyahu.

Esse enfoque não é novo, uma vez que tanto George H. W. Bush como George W. Bush e Barack Obama tentaram algo similar, mas Israel confia que sua recente aproximação tácita com as potências sunitas da região, que compartilham sua preocupação com o Irã, facilite o caminho desta vez.

"Temos que buscar novas formas, novas ideias sobre como impulsionar a paz. E eu acredito que a grande oportunidade para a paz vem de um enfoque regional que envolva nossos novos aliados árabes para buscar a paz em geral e também a paz com os palestinos", destacou Netanyahu, que garantiu que abordaria isso com Trump.

Netanyahu louvou ainda o compromisso de Trump na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), ao assegurar que os "valores e interesses" compartilhados por EUA e Israel "estão sendo atacados por uma força malévola, o terrorismo islâmico radical".

Por fim, o primeiro-ministro israelense, que encontrou em Trump seu primeiro interlocutor republicano na Casa Branca, elogiou decididamente o novo presidente americano.

"Não há ninguém que apoie mais o povo judeu e o Estado judeu que Donald Trump", comentou ao fim da entrevista coletiva.

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