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Netanyahu afirma que 'não haverá Estado palestino'

Pronunciamento em vídeo aconteceu após o reconhecimento formal da Palestina por parte de Reino Unido, Canadá e Austrália

Benjamin Netanyahu: “Isso não vai acontecer. Não será estabelecido um Estado palestino a oeste do rio Jordão" (GIL COHEN-MAGEN/AFP/Getty Images)

Benjamin Netanyahu: “Isso não vai acontecer. Não será estabelecido um Estado palestino a oeste do rio Jordão" (GIL COHEN-MAGEN/AFP/Getty Images)

Publicado em 21 de setembro de 2025 às 15h26.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo, 21, que “não haverá um Estado palestino”, após o reconhecimento formal da Palestina por parte de Reino Unido, Canadá e Austrália. Em declaração gravada, o premiê disse que anunciará uma resposta à medida após retornar da Assembleia Geral da ONU, que ocorre nesta semana nos Estados Unidos.

“Isso não vai acontecer. Não será estabelecido um Estado palestino a oeste do rio Jordão”, afirmou Netanyahu no vídeo divulgado por seu gabinete. A mensagem foi direcionada especialmente aos países que decidiram reconhecer o Estado palestino em resposta à ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, onde os ataques já deixaram mais de 65 mil mortos, segundo dados palestinos.

Netanyahu participa da Assembleia da ONU em Nova York na próxima sexta-feira, 27, onde a questão palestina deve voltar ao centro do debate diplomático.

A expectativa é de que outros países, como a França, também anunciem o reconhecimento durante o encontro.

“Tenho uma mensagem clara para os líderes que reconhecem um Estado palestino após o terrível massacre de 7 de outubro: vocês estão dando um grande impulso ao terrorismo”, afirmou Netanyahu, reiterando que “não haverá um Estado palestino”.

Segundo o premiê, impedir esse reconhecimento tem sido uma de suas prioridades. “Durante anos, eu impedi o estabelecimento deste Estado terrorista diante de uma enorme pressão interna e externa. Fizemos isso com determinação e sabedoria política”, declarou.

Netanyahu também mencionou os assentamentos israelenses na Cisjordânia, território palestino ocupado militarmente por Israel desde 1967. Segundo ele, durante seu governo, essas construções ilegais dobraram de tamanho. “Continuaremos neste caminho”, disse.

Em paralelo, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, apresentou uma proposta para anexar formalmente 82% da Cisjordânia. A imprensa israelense aponta que a iniciativa pode ser avaliada pelo governo assim que Netanyahu retornar dos Estados Unidos.

“A resposta à última tentativa de nos impor um Estado terrorista no coração do nosso país será dada após meu retorno dos Estados Unidos. Esperaremos”, concluiu o premiê.

(Com EFE)

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