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Plano de Kirchner era voltar a presidência em 2011

Atual secretário-geral da Unasul e marido da atual presidente, Nestor Kirchner também foi deputado e governador na Argentina

Néstor Kirchner já havia passado por cirurgias no coração antes de morrer hoje vítima de ataque cardíaco  (Sean Gallup/Getty Images)

Néstor Kirchner já havia passado por cirurgias no coração antes de morrer hoje vítima de ataque cardíaco (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2010 às 12h18.

Néstor Carlos Kirchner, ex-presidente da Argentina (2003-2007) e marido da atual governante, Cristina Kirchner, morreu hoje aos 60 anos em uma clínica da cidade de Calafate vítima de uma parada cardiorrespiratória, segundo a agência estatal "Télam".

Kirchner nasceu no dia 25 de fevereiro de 1950 em Río Gallegos, na província de Santa Cruz (Argentina).

Formado em Direito em 1976 pela Universidade Nacional de La Plata, entrou no Partido Peronista nos anos 70 quando era dirigente estudantil nesse centro universitário, onde conheceu Cristina.

Se mudou em 1976 para Río Gallegos, onde trabalhou com sua esposa em um escritório de advogados até 1983. Entre 1983 e 1984 foi presidente da Caixa de Previdência Social e em 1987 foi eleito Intendente de Río Gallegos, cargo que desempenhou entre 1987 e 1991.

Eleito Governador de Santa Cruz em 10 de dezembro de 1991, permaneceu no cargo até 2003, após modificar a lei que impedia a reeleição após dois mandatos. Kirchner conseguiu reverter o déficit de sua região, rica em petróleo e recursos naturais, e a transformou na área com menor desemprego.

Em 1992 foi nomeado presidente do Conselho Provincial do Partido Justicialista e secretário de Ação Política do Conselho Nacional. Em 1993 foi designado constituinte para a reforma da Constituição Nacional Argentina.

Em 1996 fundou a Corrente Peronista dentro do Partido Justicialista e se apresentou como candidato à Presidência, em 2003, frente a Carlos Menem - que governou o país entre 1989 e 1999 - e ao então presidente Eduardo Duhalde (2002-2003).

Em 25 de maio desse ano foi eleito presidente da Argentina.

Durante o Governo Kirchner, a Argentina cresceu 8% ao ano; os salários e as pensões aumentaram e o desemprego e a pobreza diminuíram. Além disso, voltou a negociar a dívida, reformou a Corte Suprema de Justiça e as Forças Armadas, e defendeu os direitos humanos.

No entanto, seu Governo foi alvo de denúncias de enriquecimento ilícito.

Em janeiro de 2006 pagou antecipadamente ao FMI US$ 9,574 bilhões, e no mesmo ano, apresentou perante o Tribunal Internacional de Haia um processo contra o Uruguai para interromper a construção de duas fábricas de celulose.


Em 10 de dezembro de 2007 passou o cargo para sua esposa, Cristina Kirchner, que venceu as eleições presidenciais.

Kirchner foi nomeado, em 14 de maio de 2008, presidente do Partido Peronista.

Nas eleições legislativas de 2009 foi eleito deputado pela província de Buenos Aires, cargo que assumiu em 10 de dezembro de 2009, mas sua corrente eleitoral foi derrotada na província de Buenos Aires pela liderada pelo empresário peronista dissidente, Francisco de Narváez.

Após a derrota, Néstor Kirchner renunciou em 29 de junho ao cargo de líder do Partido Justicialista, que cedeu ao governador de Buenos Aires, Daniel Scioli.

Além disso, a Frente Para a Vitoria perdeu a maioria no Parlamento, já que sete de cada dez eleitores votaram contra o Governo, o que supôs a maior derrota da "era K", inaugurada com Néstor Kirchner em 2003 e revalidada por sua esposa nas presidenciais de 2007.

Em 7 de fevereiro de 2010, foi submetido a uma intervenção de urgência por uma obstrução na carótida direita.

Um mês depois, em 10 de março, Kirchner reassumiu a chefia do PJ com a promessa de dirigir o partido para um novo triunfo no pleito de 2011.

Em 4 de maio de 2010 foi eleito secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Casado desde 9 de março de 1975 com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, têm dois filhos: Máximo, de 32 anos, e Florencia, de 19.

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