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Neonazistas serão julgados por ataques na Argentina

"As vítimas não foram escolhidas aleatoriamente, e os fatos foram cometidos sob a reivindicação do nazismo", alegaram os promotores.

Neonazista: jovens são responsabilizados por uma série de episódios violentos registrados entre 2011 e 2016 (Scott Olson/Getty Images)

Neonazista: jovens são responsabilizados por uma série de episódios violentos registrados entre 2011 e 2016 (Scott Olson/Getty Images)

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AFP

Publicado em 12 de fevereiro de 2017 às 17h06.

Oito jovens argentinos neonazistas serão levados a julgamento, acusados de cometerem ataques contra imigrantes, mulheres, gays e contra monumentos em homenagem às vítimas da ditadura - informaram, neste domingo (12), promotores ligados ao caso.

"As vítimas não foram escolhidas aleatoriamente, e os fatos foram cometidos sob a reivindicação do nazismo", alegaram os promotores Laura Mazzaferri e Nicolás Czizik, em nota divulgada à imprensa local na cidade de Mar del Plata.

Os jovens são responsabilizados por uma série de episódios violentos registrados entre 2011 e 2016. Eles teriam, inclusive, formado uma organização para cometer os atentados no balneário marplatense.

Entre os ataques investigados, está um ao Monumento Memória, Verdade e Justiça, instalado em uma Base Naval, onde funcionou um centro clandestino de prática de tortura e de assassinato de presos políticos durante a ditadura (1976-1983).

Também são acusados de atacar o Centro de Residentes Bolivianos, onde incendiaram um portão e picharam mensagens intimidatórias em 2014. Naquele mesmo ano, agrediram gays, lésbicas e outras pessoas que identificavam como "ateias".

Em 2015, agrediram um grupo de mulheres que se manifestavam a favor do aborto. Cometeram o ataque com o rosto coberto, armados com pedaços de pau e escudos com inscrições nazistas. Foram presos e identificados pela Polícia.

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