Mundo

Neonazista que matou opositora atropelada em Charlottesville é condenado

O extremista branco James Alex Fields Jr, que matou Heather Heyer atropelada, pode ser sentenciado a prisão perpétua

James Alex Fields: durante protesto neonazista no ano passado, ele matou uma opositora (Eze Amos/Reuters)

James Alex Fields: durante protesto neonazista no ano passado, ele matou uma opositora (Eze Amos/Reuters)

E

EFE

Publicado em 8 de dezembro de 2018 às 13h40.

Washington - O extremista branco James Alex Fields Jr. foi declarado culpado nesta sexta-feira de ter atropelado mortalmente Heather Heyer, uma mulher que fazia parte de um grupo de manifestantes antifascistas que protestavam contra a presença de neonazistas em Charlottesville, nos Estados Unidos, em agosto de 2017.

Ao emitir seu veredito na última hora da tarde dessa sexta-feira, o júri dessa cidade do estado da Virgínia rejeitou os argumentos dos advogados de Fields, que asseguraram que o jovem de 21 anos "atuou em defesa própria", segundo meios de comunicação locais.

Além disso, a defesa de Fields tinha solicitado que o julgamento fosse realizado em outro tribunal devido à comoção gerada pelo atropelamento na cidade de Charlottesville, um pedido que foi descartado pelo juiz Richard E. Moore.

Os promotores alegaram que Fields conduziu seu carro deliberadamente em direção a uma multidão de manifestantes contrários à passeata "Unir à direita", matando Heyer e ferindo dezenas de pessoas.

Fields foi considerado culpado das 11 acusações que enfrentava e pode ser sentenciado a passar o resto da sua vida atrás das grades a partir da próxima segunda-feira, data na qual se iniciam as deliberações sobre sua pena.

O acusado tem outro julgamento pendente através do sistema federal que ainda não foi programado no qual poderia ser condenado à morte por vários crimes de ódio dos quais se declarou "inocente".

O caso gerou muita polêmica depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, culpou os "dois lados" pela violência suscitada em Charlottesville e afirmou que entre os neonazistas havia "gente muito boa".

A cidade, de apenas 50.000 habitantes, situada 200 quilômetros ao sudoeste de Washington, ainda tenta se recuperar das feridas causadas por essas violentas manifestações e insiste na sua oposição frontal a qualquer tipo de racismo nos Estados Unidos.

Heather Heyer, morta por um neonazista em Charlottesville

Heather Heyer, morta por um neonazista em Charlottesville (Justin Ide/Reuters)

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)MortesNazismoProtestos

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado