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Negociadores israelenses tentam romper o bloqueio Netanyahu-Gantz

Mesmo com apoio de partidos menores, Netanyahu e Gantz continuam sem maioria; presidente pediu aos políticos que coloquem vontades pessoais de lado

Benjamin Netanyahu, presidente Reuven Rivlin e Benny Gantz: negociadores das duas partes se encontram para tentar acordo (Ronen Zvulun/Reuters)

Benjamin Netanyahu, presidente Reuven Rivlin e Benny Gantz: negociadores das duas partes se encontram para tentar acordo (Ronen Zvulun/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de setembro de 2019 às 10h06.

Última atualização em 24 de setembro de 2019 às 10h13.

Os negociadores israelenses do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu adversário Benny Gantz se reúnem nesta terça-feira para estudar as possibilidades de formar um governo de união, que ambos os líderes querem liderar.

Netanyahu e Gantz ficaram empatados nas legislativas de 17 de setembro, mas separadamente não conseguem reunir assentos suficientes para alcançar a maioria no Parlamento (Knesset).

Na noite de segunda-feira, os dois candidatos se reuniram com o presidente israelense Reuven Rivlin e concordaram com que seus respectivos negociadores, Yariv Levin, do Likud, e Yoram Turbowitz, do partido Azul e Branco, se encontrariam nesta terça-feira.

"A responsabilidade de formar um governo é de vocês. A população espera que vocês encontrem uma solução, ainda que por isso tenham que pagar um preço no nível pessoal ou ideológico", assegurou o presidente israelense após a reunião dos três dirigentes.

Após a reunião com Rivlin, Netanyahu e Gantz discutiram entre si por um breve período e concordaram em continuar essas negociações na terça e quarta-feira, por meio de suas respectivas equipes.

Segundo um comunicado conjunto, os dois candidatos conversaram sobre como promover a unidade em Israel e concordaram que os líderes negociadores de ambos os partidos se reuniriam nesta terça.

Netanyahu e Gantz devem voltarar a se encontrar na quarta-feira.

Atualmente, Levin, 50 anos, é Ministro da Integração, e Yoram Turbowitz é o ex-chefe de gabinete de Ehud Olmert, primeiro-ministro do Likud entre 2006 e 2009.

Após a reunião dos negociadores, está previsto que Netanyahu e Gantz se encontrem novamente com o presidente Rivlin, que poderá decidir em quem confia a tarefa de formar um governo ou apoiar um acordo para compartilhar o poder ao longo do tempo.

Essa decisão poderá colocar um ponto final na era Netanyahu, o premiê mais longevo na história de Israel, depois de 13 anos no poder.

No caso de decidirem dividir o poder, ambas as partes vão querer assumir o governo, de acordo com a imprensa israelense.

Nas eleições de 17 de setembro, o partido Azul e Branco (centro), de Benny Gantz, conquistou 33 cadeiras nas eleições de 17 de setembro, enquanto o Likud, de Benjamin Netanyahu (direita), obteve 31.

Com o apoio de seus aliados, os partidos conservadores e religiosos, por um lado, e os progressistas e árabes, por outro, Netanyahu e Gantz obtêm 55 e 54 deputados, respectivamente, e não atingem o limite dos 61 que marcam a maioria na assembleia.

A aliança árabe ressaltou que sua intenção era ajudar a tirar Netanyahu do poder, o que não significa que apoiarão, necessariamente, as políticas de Benny Gantz.

A Lista Unida de partidos árabes obteve 13 deputados e se tornou a terceira força política no Parlamento.

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