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Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2015 às 21h53.
Bonn - Negociadores chegaram a uma surpreendente resolução sobre questões espinhosas relativas à proteção da floresta nas negociações climáticas da ONU nesta terça-feira, aumentando as chances de que o tema seja incluído num novo acordo climático global a ser alcançado em Paris em dezembro, disseram especialistas.
Pesquisadores florestais disseram que não estavam esperando progressos em Bonn, na Alemanha, em temas difíceis que cercam o esquema de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+).
Uma das questões era como os projetos para proteger as florestas podem demonstrar que estão respeitando os direitos dos povos indígenas e outras comunidades da floresta e produzindo benefícios para eles.
Houve exemplos, do Panamá ao Quênia, onde grupos locais se opuseram a projetos de carbono florestal que não os consultaram previamente, deslocando-os de suas terras, ou não fornecendo uma parte equitativa das receitas.
Em Bonn, o Brasil, que já havia colocado obstáculos nas discussões sobre as chamadas "salvaguardas", apoiou uma resolução rápida, já que os negociadores não queriam que o problema se arrastasse na cúpula de Paris ou depois, disse Rosalind Reeve, do Ateneo School of Government, de Manila.
Países desenvolvidos também apoiaram um compromisso porque queriam ter um pacote completo pronto sobre o REDD+ antes do encontro de Paris. Ao finalizar o esquema agora, "é mais fácil, em seguida, incorporá-lo ao novo acordo climático", disse Reeve.