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Negociações definem base para acordo climático em 2015

Os textos, definidos com dois dias de atraso após duas semanas de negociações terem chegado perto do colapso, satisfizeram economias emergentes lideradas por China e Índia

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2014 às 09h18.

Lima - Cento e noventa países concordaram no domingo com as bases de um acodo global a ser definido em 2015 com o objetivo de combater as mudanças climáticas em meio a alertas que ações bem mais duras serão necessárias para limitar as elevações das temperaturas globais.

Segundo o acordo alcançado em Lima, governos terão que apresentar planos nacionais para controlar as emissões de gases do efeito estufa até um prazo informal de 31 de março de 2015 para formar a estrutura de um acordo global a ser fechado em uma cúpula em Paris daqui a um ano.

A maioria das decisões mais difíceis sobre como desacelerar as mudanças climáticas foi adiada para o ano que vem. "Muita coisa permanece para ser feita em Paris no próximo ano", disse o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.

Os textos, definidos com dois dias de atraso após duas semanas de negociações terem chegado perto do colapso, satisfizeram economias emergentes lideradas por China e Índia, preocupadas que esboços anteriores impunham um ônus pesado demais a economias emergentes em comparação às ricas.

"Conseguimos o que queríamos", disse o ministro do Meio Ambiente da Índia, Prakash Javedekar, segundo o qual o texto preserva a noção conservada na convenção climática de 1992 de que os ricos têm que estar na dianteira dos cortes das emissões de gases.

O texto também foi do agrado das nações ricas lideradas pelos Estados Unidos, que dizem que chegou a hora de economias emergentes de rápido crescimento controlarem as emissões que crescem cada vez mais. A China é agora o maior emissor de gases do efeito estufa, à frente de EUA, União Europeia e Índia.

Alguns grupos ambientais, entretanto, disseram que o acordo é fraco demais.

"Fomos de fraco para mais fraco e para o mais fraco", disse Samantha Smith, do grupo de conservação WWF, sobre os sucessivos esboços nas negociações de Lima.

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