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Negociações de paz para Síria dão passo adiante

"Hoje foi o primeiro dia que começamos a falar da criação de um órgão de governo transitório", afirmou Safi, porta-voz da delegação da oposição síria


	Louay Safi: o porta-voz desejou que nos próximos dias comecem a ser discutidos aspectos como "o tamanho do órgão e suas responsabilidades"
 (AFP / Ozan Kose)

Louay Safi: o porta-voz desejou que nos próximos dias comecem a ser discutidos aspectos como "o tamanho do órgão e suas responsabilidades" (AFP / Ozan Kose)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 11h05.

Genebra - O porta-voz da delegação que representa a oposição síria, Louay Safi, afirmou nesta quarta-feira que as negociações de paz com o governo deram um "passo adiante".

"Hoje foi o primeiro dia que começamos a falar da criação de um órgão de governo transitório", afirmou Safi ao fim da reunião desta manhã entre as duas delegações com o mediador Lakhdar Brahimi.

O porta-voz antecipou que as discussões continuarão nesta tarde, mas com as duas partes conversando separadamente com Brahimi.

Safi afirmou que a delegação do regime "parecia hoje mais preparada" para discutir os pontos do Comunicado de Genebra, que entre outras coisas, estabelece a criação desse órgão transitório.

Embora, segundo disse, o regime ainda esteja tentando evitar a discussão concreta sobre esse ponto e não se abordaram os detalhes sobre a criação deste órgão.

"Pelo menos estamos de acordo em que esse comunicado é o marco no qual as negociações estão inseridas", precisou.

O porta-voz desejou que nos próximos dias comecem a ser discutidos aspectos como "o tamanho do órgão e suas responsabilidades".

"Este órgão de governo deverá ter a responsabilidade de terminar a ditadura, restaurar a democracia e acabar com a luta armada e a violência no país", ressaltou.

Perguntado sobre a duração das negociações de paz, o porta-voz avançou que continuarão com as discussões amanhã e passado, mas não se atreveu a divulgar quando poderia convocar a seguinte rodada de conversas.

Safi lembrou que sua delegação apresentou ontem a Brahimi uma proposta "sobre como organizar as conversas e sugestões para que as negociações avancem".

Sobre a situação humanitária, o porta-voz reivindicou à comunidade internacional que pressione o regime para que deixe de "atacar povoações e matá-las de fome". 

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