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Negociação nuclear com o Irã termina sem acordo

A quinta rodada das negociações nucleares entre o Irã e o grupo de seis potências internacionais terminou sem acordo


	Usina nuclear no Irã: nova rodada começa em julho
 (Getty Images/Getty Images)

Usina nuclear no Irã: nova rodada começa em julho (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2014 às 14h01.

Viena - A quinta rodada das negociações nucleares entre o Irã e o grupo de seis potências internacionais terminou nesta sexta-feira em Viena sem acordo, mas com o compromisso de as partes voltarem a se reunir a partir de 2 de julho, informou uma fonte da União Europeia.

"Trabalhamos extremamente duro toda a semana para desenvolver elementos que podem nos aproximar quando voltarmos a nos ver na próxima rodada em Viena", a partir de 2 de julho, disse Michael Mann, porta-voz da comissária de política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammed Yavad Zarif, se limitou a dizer à imprensa na capital austríaca que os negociadores "farão progressos".

As partes estiveram reunidas desde a segunda-feira passada para negociar um acordo que ponha fim a uma década longa de disputas em torno do controverso programa nuclear da República Islâmica.

O objetivo é alcançar um tratado antes de 20 de julho, segundo o prazo estipulado em Genebra no ano passado.

"Nos apresentamos mutuamente uma série de ideias sobre vários assuntos e iniciamos o processo de redigir" um acordo final, disse Mann em comunicado enviado à imprensa.

Entretanto, os diretores políticos do chamado Grupo 5+1 se reunirão no dia 26 em Bruxelas para seguir suas discussões.

O Grupo 5+1 é composto pela Alemanha mais as cinco potências com direito a veto no Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido).

Ashton coordena o grupo internacional, enquanto Zarif lidera a delegação iraniana nas negociações.

O Ocidente teme que o Irã queira ter em mãos substâncias e conhecimentos nucleares militares sob a fachada de um suposto programa civil.

Teerã rechaça essas acusações e insiste que só tem intenções pacíficas como a geração de energia elétrica e aplicações médicas como, por exemplo, a luta contra o câncer.

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