Chocolate: a carta, escrita do bunker secreto de Rothschild em Londres, foi o documento que revelou a existência do complô, do que fala o citado rotativo britânico (Creative Commons)
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2012 às 17h33.
Londres - Os nazistas fizeram um complô para assassinar o então primeiro-ministro do Reino Unido Winston Churchill com falsas barras de chocolate recheadas de explosivos durante a Segunda Guerra Mundial, informou nesta quarta-feira o jornal britânico "The Daily Telegraph".
Segundo o veículo, que se baseia em uma carta a que teve acesso e que foi escrita por um espião britânico, que dava detalhes da conspiração, os fabricantes de bombas que trabalhavam para os nazistas (1889-1945) cobriram as barras de explosivos com uma fina camada de chocolate.
As barras foram empacotadas em uma embalagem preta e dourada de aparência luxuosa e o regime nazista planejava recorrer a agentes secretos que operavam no Reino Unido para levá-las discretamente no refeitório utilizado pelos ministros britânicos durante o conflito mundial (1939-1945).
Ao que parece, as barras de chocolate fatais, que levavam etiquetas da marca "Peter"s Chocolate", foram recheadas com explosivos suficientes para matar pessoas situadas a vários metros de distância.
O plano foi abortado graças à mediação de agentes secretos britânicos que descobriram que o chocolate letal estava sendo fabricado e alertaram a um dos agentes veteranos dos serviços de contra-espionagem do Reino Unido MI5, Lord Victor Rothschild, antes que a vida de Churchill estivesse em risco.
O agente escreveu imediatamente uma carta, datada de 4 de maio de 1943, que enviou ao ilustrador Laurence Fish para encomendar que desenhasse a barra de chocolate e distribuísse a imagem em cartazes de alerta ao público.
A carta, escrita do bunker secreto de Rothschild em Londres, foi o documento que revelou a existência do complô, do que fala o citado rotativo britânico.
Com a inscrição "secreto" no envelope, a correspondência foi descoberta pela esposa do desenhista, a jornalista Jean Bray, quando administrava o espólio que seu marido deixou ao morrer, com 89 anos, em 2009.
O texto explica como seria disparado o mecanismo explosivo dos falsos chocolates, que aparentemente contavam com um sistema dilatório para fazer a bomba explodir depois de uns segundos, e incluía um esboço com o aspecto que os tabletes teriam, desenhado por alguém que pôde ver uma delas.