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Navios militares vão ajudar em desastre nas Filipinas

Navios britânicos e americanos se dirigem nesta terça-feira às Filipinas para socorrer as vítimas do tufão "Haiyan"

Navios de guerra rumo às Filipinas: equipes de emergência trabalham contra o relógio nas regiões centrais do arquipélago arrasadas pelo tufão (Romeo Ranoco/Files/Reuters)

Navios de guerra rumo às Filipinas: equipes de emergência trabalham contra o relógio nas regiões centrais do arquipélago arrasadas pelo tufão (Romeo Ranoco/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 09h49.

Manila - O porta-aviões USS George Washington, acompanhado por outras embarcações da Marinha dos Estados Unidos, e o navio de guerra britânico HMS Daring se dirigem nesta terça-feira às Filipinas para socorrer as vítimas do tufão "Haiyan".

As equipes de emergência trabalham contra o relógio nas regiões centrais do arquipélago arrasadas pelo tufão, principalmente na ilha de Leyte, e nas buscas por possíveis sobreviventes quando completam, hoje, quatro dias da catástrofe.

Em comunicado enviado ontem à embaixada dos EUA em Manila, o secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, anunciou que o USS George Washington, com 5 mil marinheiros e 80 aeronaves, chegará nos próximos dias ao arquipélago filipino.

O porta-aviões nuclear navega junto outras cinco embarcações da Armada: os também porta-aviões USS Antietam e USS Cowpens, o destróier USS Mustin, o navio USNS Charles Drew e o destróier USS Lassen, este último mais avançado já que partiu no domingo rumo à região.

"Estes navios e aviões poderão fornecer assistência humanitária e ajuda médica necessária, assim como as tarefas de emergência realizadas pelo Governo e Exército filipino", explica o comunicado.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou na segunda-feira que enviará a embarcação militar HMS Daring e um avião RAF C-17 para ajudar nas operações na cidade devastada de Taclobán e outras zonas na ilha de Leyte.


Os navios americanos partiram ontem de Hong Kong, enquanto o britânico saiu de Cingapura.

A chefe de ajuda humanitária da ONU, Valerie Amos, solicitou hoje a colaboração da comunidade internacional para arrecadar as centenas de milhões de dólares que as Filipinas necessitarão para socorrer as vítimas e reconstruir as zonas devastadas.

Por enquanto, o Governo britânico se comprometeu a doar US$ 15 milhões, enquanto que a Austrália destinará cerca de US$ 9,3 milhões e a Nova Zelândia, US$ 1,6 milhões.

A Comissão Europeia anunciou que fornecerá US$ 4 milhões, ao passo que a Alemanha enviou uma carga com 23 toneladas de ajuda e o Japão uma equipe de ajuda com 25 médicos e profissionais da saúde.

Um avião da Unicef com 60 toneladas de remédios, cobertores e tendas chegará hoje às Filipinas e o Médicos Sem Fronteiras (MSF) enviará 329 toneladas de artigos médicos e de emergência.

Órgãos oficiais do país situam o número de mortos em 1.744 pessoas, enquanto os dados extraoficiais e das Nações Unidas estimam que o total ultrapassa os 10 mil.

O desmatamento, a proliferação de jazidas de minérios ilegais, a escassez de infraestruturas e a favelização aumentam os efeitos devastadores dos tufões e inundações que afetam o arquipélago durante a época das monções.

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