Mundo

Navio movido a energia eólica chega ao Ceará

Com a ajuda dos ventos, embarcação que saiu da a Alemanha há quase cinco meses economiza até 40% de combustível

As quatro torres cilíndricas de 27 metros de altura por quatro metros de diâmetro que emergem do convés são rotores eólicos capazes de captar a energia do vento para auxiliar a propulsão a diesel do navio. (Divulgação)

As quatro torres cilíndricas de 27 metros de altura por quatro metros de diâmetro que emergem do convés são rotores eólicos capazes de captar a energia do vento para auxiliar a propulsão a diesel do navio. (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2011 às 16h29.

São Paulo - O Porto de Pecém, no Ceará, recebeu na última terça-feira o primeiro navio movido à energia eólica. Chamado e E-ship 1, a embarcação de bandeira alemã é utilizada para atividades com carga seca de múltiplo uso. A tecnologia utilizada permite a economia de combustível da ordem de 30 a 40%. Sua viagem inaugural começou em 17 de agosto no Porto de Emden, na Alemanha. O navio esteve em Portugal em setembro. A embarcação passou por três provas de mar antes de ser lançado oficialmente. As informações são do Diário do Nordeste.

Com 130,4 metros de comprimento, o E-Ship 1, trabalha com conversores de energia eólica, transportando equipamentos para a indústria Woben, instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém e fabricante de aerogeradores.

O navio é propriedade da empresa alemã Enercon GmbH, terceira maior fabricante de turbinas eólicas do mundo. Ele será usado para o transporte de componentes de turbinas eólicas.

O E-Ship é um navio que faz uso do Efeito Magnus para propulsão. Quatro rotores imponentes ficam instalados no convés principal e estão ligados a hélices do navio, o que faz com que elas girem. As quatro torres cilíndricas de 27 metros de altura por quatro metros de diâmetro que emergem do convés são rotores eólicos capazes de captar a energia do vento para auxiliar a propulsão a diesel do navio, sem interferir com as operações de carga e descarga, ao contrário dos mastros e velas. O efeito Magnus faz uma força para agir em cima de um corpo girando em movimento através de uma corrente de ar, perpendicular à direção de fluxo.

A Superestrutura (Casario) do navio está localizado na proa, tem três conveses (pisos) e dois guindastes por bombordo, com longas lanças e capacidade de carga de 80 e 120 toneladas. O navio possui uma rampa traseira, e pode funcionar como um navio de carga. O navio possui 130 metros de comprimento e 22,5 metros de boca, com 12.800 toneladas DWT GT/10.000 aproximadamente.

O E-Ship 1 é equipado com nove geradores diesel, com uma potência total de 3,5 MW. O navio possui caldeiras, que alimentam uma turbina a vapor, que, por sua vez, aciona quatro rotores. Estes rotores, assemelhando-se a quatro cilindros grandes montado no convés do navio, são capazes de recolher a energia do vento. A tecnologia permite a economia de combustível da ordem de 30 a 40% a uma velocidade de 16 nós.

Acompanhe tudo sobre:Meio ambienteSustentabilidadeTecnologias limpas

Mais de Mundo

O que é o Projeto Manhattan, citado por Trump ao anunciar Musk

Donald Trump anuncia Elon Musk para novo Departamento de Eficiência

Trump nomeia apresentador da Fox News como secretário de defesa

Milei conversa com Trump pela 1ª vez após eleição nos EUA