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Navio militar italiano com 177 migrantes atracará na Catânia

A embarcação, que está desde quinta-feira passada em alto mar, resgatou migrantes que estavam em outros dois barcos no mar de Malta

Esta era a primeira vez que o governo italiano nega a entrada de um barco da própria Marinha ao porto (Guglielmo Mangiapane/Reuters)

Esta era a primeira vez que o governo italiano nega a entrada de um barco da própria Marinha ao porto (Guglielmo Mangiapane/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 13h23.

Roma - O navio da Guarda Costeira da Itália com 177 migrantes irregulares, e que espera há cinco dias no mar perto de Lampedusa, irá para a Catânia, informou o governo da Itália nesta segunda-feira.

"O navio Diciotti vai atracar na Catânia. Os valentes homens da Guarda Costeira cumpriram seu dever salvando vidas humanas a apenas 17 milhas de Lampedusa. Agora, a Europa precisa ser rápida para fazer o seu papel", disse o ministro de Infraestruturas e Transportes, Danilo Toninelli, em mensagem no Twitter.

Essa embarcação resgatou na quinta-feira passada migrantes socorridos por outros dois barcos da Capitania dos Portos que estavam em dificuldades no mar de Malta, segundo o Ministério do Interior italiano. Desde então, ficou esperando no mar uma resposta do governo italiano, integrado pelos anticapitalistas do Movimento 5 Estrelas (M5S) e da extrema-direita Liga.

O ministro do Interior italiano, o Matteo Salvini, afirmou que Malta deveria receber estas pessoas, mas o ministro maltês da mesma pasta, Michael Farrugia, se recusou. Segundo ele, a Itália interceptou o navio em águas maltesas, "apenas para impedir de entrar em águas italianas", já que a embarcação não pedia resgate.

Hoje, Salvini afirmou que estas pessoas poderiam desembarcar na Itália desde que fossem depois " divididas sob o espírito da solidariedade da União Europeia ", formada por outros 27 países, além da Itália.

O líder da Liga e vice-presidente do governo de coligação mantém uma estratégia para frear a imigração da África e tem impedido que ONG com migrantes resgatados do mar entrem. No entanto, esta era a primeira vez que o governo italiano nega a entrada de um barco da própria Marinha ao porto.

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