O incêndio no 'Costa Allegra' acontece um mês e meio depois do naufrágio do 'Costa Concordia', também propriedade da Costa Cruzeiros (Vincenzo Pinto/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 07h36.
Roma - O cruzeiro 'Costa Allegra', que por causa de um incêndio se encontra sem eletricidade e está sendo rebocado, chegará à 1h30 desta quinta-feira (horário de Brasília) à ilha de Mahé, a maior do arquipélago das Seychelles, informou hoje a Capitania do Porto italiano.
O porta-voz do organismo, o comandante Cosimo Nicastro, explicou à emissora Sky Tg24 que, devido às correntes, a velocidade do cruzeiro diminuiu a quatro nós, pelo que sua chegada à ilha de Mahé foi atrasada em sete horas.
Nicastro explicou que recebe novas informações sobre o navio através de sinais via satélite a cada 15 minutos.
O porta-voz da Capitania do Porto afirmou que está prevista para as próximas horas a chegada ao navio de uma equipe de técnicos enviada pela companhia Costa Cruzeiros e que será estudada a possibilidade de voltar a ativar, ainda que de maneira parcial, os propulsores, o que aumentaria a velocidade da embarcação.
Segundo Nicastro, 'a situação a bordo é tranquila, os passageiros estão bem e não há perigo algum'.
Atualmente, três navios rebocam o cruzeiro, que ficou à deriva na segunda-feira após um incêndio na sala de máquinas, o que o deixou sem eletricidade e, consequentemente, sem propulsão, luz e ar condicionado.
Nesta quarta-feira, um helicóptero deverá fornecer ao 'Costa Allegra' cerca 400 lanternas e pão, dado que a bordo, sem energia elétrica, não se pode produzir este alimento de primeira necessidade, ainda que não esteja faltando comida, segundo comunicou a companhia Costa Cruzeiros, proprietária do navio.
Na ilha de Mahé, segundo comunicou a Costa Cruzeiros, está uma equipe de 14 pessoas da empresa que dará assistência aos 627 passageiros - entre eles dois brasileiros - e os alojará em hotéis até que sejam repatriados.
O incêndio no 'Costa Allegra', com oito pontes e 399 camarotes, acontece um mês e meio depois do naufrágio do 'Costa Concordia', também propriedade da Costa Cruzeiros, ocorrido em frente à costa da ilha italiana de Giglio, deixando o saldo de 25 mortos e sete desaparecidos.