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Navio australiano capta 2 novos possíveis sinais de avião

O primeiro sinal, que durou 5 minutos e 32 segundos, foi captado na tarde de ontem, e o segundo, de 7 minutos, durante a noite


	Barco da Defesa australiana durante buscas pelo voo desaparecido da Malaysia Airlines: ainda não há confirmação visual da presença dos destroços do avião desaparecido
 (REUTERS/Australian Defence Force/Handout via Reuters)

Barco da Defesa australiana durante buscas pelo voo desaparecido da Malaysia Airlines: ainda não há confirmação visual da presença dos destroços do avião desaparecido (REUTERS/Australian Defence Force/Handout via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 06h24.

Sydney - O navio australiano Ocean Shield captou dois novos sinais no Oceano Índico que podem ser da caixa-preta do avião da Malaysia Airlines, desaparecido desde o dia 8 de março (dia 7 no Brasil) com 239 pessoas a bordo, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.

O primeiro sinal, que durou 5 minutos e 32 segundos, foi captado na tarde de ontem, e o segundo, de 7 minutos, durante a noite (hora local da cidade de Perth, no oeste da Austrália).

"Foram captados na mesma área e vão permitir uma melhor definição das buscas", disse o chefe do Centro de Coordenação de Agências Conjuntas, Angus Houston.

O ex-militar australiano disse que "apesar de estarmos fazendo as buscas no local correto" ainda não há confirmação visual da presença dos destroços do avião desaparecido.

O Ocean Shield, que no domingo detectou dois sinais na mesma área situada a cerca de 2 mil quilômetros ao noroeste de Perth, continua buscando "meticulosamente" por novos sinais para "determinar o lugar dentro dos quatro pontos acústicos" antes que se esgotem as baterias da caixa-preta.

"É importante receber a maior quantidade de informação para determinar a possível localização do avião enquanto os sinais continuem sendo transmitidos", disse Houston.

As equipes de resgate trabalham para estabelecer a área de rastreamento antes de enviar o submarino não tripulado Bluefin-21, que é transportado pelo Ocean Shield, para buscar os destroços do avião malaio.


O submarino, que está equipado com sonares e uma câmera de vídeo, pode submergir a uma profundidade de até 4,5 mil metros, que coincide com a do local de buscas, mas seu raio de ação é limitado.

Houston destacou que o Ocean Shield pode rastrear com seu detector de sinais uma superfície seis vezes maior que a do pequeno submarino.

"Esperamos que em poucos dias possamos encontrar algo no fundo que confirme que é o destino final do (avião do voo) MH370", disse o coordenador da operação.

Participam dos trabalhos de hoje 11 aviões militares, quatro civis, e 14 embarcações, que se concentra em uma área de 75.423 quilômetros quadrados situada a cerca de 2.261 quilômetros ao noroeste de Perth.

O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur com 239 pessoas a bordo rumo a Pequim na madrugada do dia 8 de março (tarde do dia 7 no Brasil) e desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de 40 minutos após a decolagem.

Estavam a bordo da aeronave 153 chineses, 50 malaios, sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um holandês, um taiwanês e dois iranianos que utilizaram os passaportes roubados de um italiano e de um austríaco.

A polícia malaia disse na semana passada que não considera que os 227 passageiros sejam responsáveis de sequestro, sabotagem e problemas psicológicos ou pessoais, mas a tripulação de nacionalidade continua sob suspeita.

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