Alexey Navalny, o líder mais importante da oposição na Rússia, achava que estava sendo envenenado meses antes de morrer subitamente na prisão, no mês passado. Pelo menos foi isso que informou sua ex-advogada Olga Mikhailova.

Segundo informações do Business Insider, Olga Mikhailova, que trabalhou como advogada de Navalny por 16 anos, disse à agência russa Meduza que, quando o visitou em abril de 2023, ele disse: "Ouça, não quero parecer paranoico, mas acho que estão tentando me envenenar".

Navalny, um dos críticos mais ferrenhos de Vladimir Putin, morreu em uma colônia penal russa em 16 de fevereiro, onde estava preso desde 2021 por acusações amplamente consideradas como de motivação política.

Ela disse que a primeira vez que o viu cara a cara depois de sua prisão foi em audiências no tribunal em 2023 e que ficou "horrorizada" com sua aparência.

Olga afirmou que, enquanto esteve na colônia, Navalny não foi alimentado adequadamente, não teve permissão para dormir e foi colocado em uma solitária.

A saúde de Navalny se deteriorou durante a prisão e, em determinado momento, ele entrou em greve de fome devido a reclamações de que não estava recebendo tratamento médico.

Quando o Serviço Prisional Federal da Rússia anunciou a morte de Navalny, disse que ele não se sentiu bem após uma caminhada e quase imediatamente perdeu a consciência. Mais tarde, o chefe de espionagem da Rússia afirmou que ele havia morrido de causas naturais. Líderes ocidentais, incluindo o presidente Joe Biden, acusaram Putin de estar por trás da morte de Navalny. O Kremlin negou as acusações.