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Naufrágios no Mediterrâneo deixaram 11 mortos e 230 desaparecidos

Após o salvamento de 15 pessoas na segunda em um bote à deriva no Mediterrâneo, socorristas mencionaram a possibilidade de haver dezenas de desaparecidos

Naufrágios: na terça-feira, um bote virou e deixou 4 mortos e 95 desaparecidos, segundo o testemunho de 23 sobreviventes (Darrin Zammit Lupi / Reuters)

Naufrágios: na terça-feira, um bote virou e deixou 4 mortos e 95 desaparecidos, segundo o testemunho de 23 sobreviventes (Darrin Zammit Lupi / Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de novembro de 2016 às 22h00.

O balanço de diversos naufrágios de embarcações transportando migrantes, registrados desde a segunda-feira perto da costa da Líbia, deixou 11 mortos e 230 desaparecidos, e o número de resgatados desde o sábado chegou a 3.200, igualando-se ao total registrado no mês de novembro de 2015.

Após o salvamento de 15 pessoas na segunda-feira em um bote à deriva no Mediterrâneo, socorristas mencionaram a possibilidade de haver dezenas de desaparecidos.

Após chegarem na manhã desta quarta-feira a Catânia, na ilha italiana da Sicília, os sobreviventes mencionaram 135 desaparecidos, segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Na terça-feira, um bote virou e deixou 4 mortos e 95 desaparecidos, segundo o testemunho de 23 sobreviventes, recebidos por ONGs encarregadas de resgates marítimos.

Cinco pessoas foram encontradas mortas na segunda-feira em outra embarcação que naufragou e os socorristas viram uma pessoa afundar no mar.

Uma outra pessoa foi encontrada morta na quarta-feira em operações de resgate realizadas em condições marítimas difíceis em quatro botes infláveis e um barco de madeira, que possibilitaram o salvamento de 580 migrantes, segundo a guarda costeira italiana, que coordena os resgates na região.

As operações desta quarta elevaram a 3.200 o total de migrantes resgatados em cinco dias, a mesma cifra registrada em novembro do ano passado, que confirma o ritmo intenso de saídas ao mar, apesar da piora das condições meteorológicas na região.

Os traficantes de seres humanos lotam frágeis botes infláveis com grupos de 120, 140 e até 180 pessoas.

Segundo a ONG maltesa Moas, as operações de resgate se tornaram mais difíceis em 2016. Este ano, pelo menos 4.271 migrantes morreram ou desapareceram no mar, segundo cálculos do Acnur, que somam as cifras dos últimos dias.

Desde 1º de janeiro, a Itália viu chegar ao seu litoral mais de 167.000 pessoas, segundo o ministério do Interior. O número já superou os 153.000 do ano passado e se aproxima dos 170.000 de 2014.

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