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Naufrágio na Líbia deixa pelo menos 10 mortos, entre eles uma grávida

Na embarcação, que afundou perto da cidade de Sabratha, estavam 27 pessoas; oito ainda estão desaparecidas

Naufrágio na Líbia deixa 10 mortos, entre eles uma grávida (Ismail Zitouny/Reuters)

Naufrágio na Líbia deixa 10 mortos, entre eles uma grávida (Ismail Zitouny/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de março de 2019 às 16h27.

Trípoli — Pelo menos dez pessoas, entre elas uma mulher grávida, morreram no naufrágio de um bote de borracha que tentava ir da Líbia para a Europa, informou a unidade líbia do Crescente Vermelho nesta terça-feira.

De acordo com a organização, na embarcação, que afundou perto da cidade de Sabratha por causas ainda desconhecidas, estavam outras 17 pessoas que conseguiram ser resgatadas e levadas para terra firme.

"O bote tinha 27 pessoas, segundo nos informaram pessoas estavam a bordo e sobreviveram. Foi encontrado na praia o corpo de uma mulher grávida com o filho também morto. Os sobreviventes foram levados a um hospital para tratar de ferimentos, queimaduras e hipotermias. Oito pessoas estão desaparecidas", explicou um porta-voz da organização.

Horas antes, uma fonte de Segurança na cidade de Zuara anunciou que "uma dezena de corpos" foram encontrados na região onde o bote afundou. De acordo com essa pessoa, que não deu muitos detalhes, todos os imigrantes eram da África subsaariana.

O trecho de praia que vai de Trípoli e até a fronteira com a Tunísia, com mais ou menos 175 quilômeotrs de extensão, se transformou nos últimos dois anos no principal local de atuação das máfias de tráfico humano, apesar da presença de patrulhas europeias.

De acordo com dados da Organização Internacional de Migração (OIM), mais de 113 mil pessoas conseguiram atravessar o Mar Mediterrâneo e chegar à Europa em 2018 através das três principais rotas irregulares, que levam à Itália, Espanha e Grécia.

Mais de 2.250 pessoas morreram nessa tentativa, 1.100 delas na rota central, que vai da Líbia para Itália e Malta, a mais perigosa do mundo.

Várias embarcações humanitárias circulavam na região até poucos meses atrás, mas a política de portos fechados implantada por países como Itália e Espanha se transformou em um obstáculo para a atividade delas.

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