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"Não vamos negociar para sempre com o Irã", afirma Kerry

Secretário de Estado americano disse que as conversas são "duras" e que o objetivo não é conseguir "qualquer acordo, mas o acordo correto"


	John Kerry: "hoje o Irã parou o progresso de seu programa nuclear e deu marcha à ré (em seu programa nuclear) pela primeira vez em uma década"
 (Reuters)

John Kerry: "hoje o Irã parou o progresso de seu programa nuclear e deu marcha à ré (em seu programa nuclear) pela primeira vez em uma década" (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 14h43.

Viena - O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, confirmou nesta segunda-feira que as negociações nucleares com o Irã se prorrogarão por sete meses, mas alertou que as potências ocidentais "não permanecerão para sempre na mesa de negociações".

Em entrevista à imprensa em Viena após seis dias de intensas negociações, Kerry disse que as conversas são "duras" e que o objetivo não é conseguir "qualquer acordo, mas o acordo correto".

"Nos últimos dias, fizemos substancial progresso com novas ideias. Por isso estendemos as conversas por sete meses, com o objetivo de alcançar um acordo político em quatro meses", explicou o secretário de Estado.

"No final desses quatro meses, se não entrarmos em acordo em relação ao principal elemento, e não enxergarmos um caminho claro, então poderemos reencontrar-nos para ver como seguir adiante", acrescentou.

"Nosso objetivo é prático, não ideológico ou político", declarou Kerry, que pediu ao Congresso dos Estados Unidos, que estará a partir de janeiro dominado pelos republicanos, que apoie os negociadores em seus esforços.

"Hoje o Irã parou o progresso de seu programa nuclear e deu marcha à ré (em seu programa nuclear) pela primeira vez em uma década", ressaltou o secretário de Estado.

"O mundo é mais seguro que há um ano. É mais seguro do que era antes que fechássemos o acordo interino (de Genebra)", em novembro de 2013, concluiu Kerry na entrevista coletiva.

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