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Não sabia que mulheres em orgias eram prostitutas, diz DSK

O principal elemento de acusação contra o ex-diretor do FMI são os testemunhos das prostitutas


	Strauss-Kahn: a emissora "BFM TV" destacou que DSK se mostrou muito tranquilo durante o interrogatório
 (REUTERS / Gonzalo Fuentes)

Strauss-Kahn: a emissora "BFM TV" destacou que DSK se mostrou muito tranquilo durante o interrogatório (REUTERS / Gonzalo Fuentes)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 10h18.

Paris - Dominique Strauss-Kahn afirmou nesta terça-feira que não sabia que as mulheres que participavam de orgias organizadas por amigos quando era diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) eram prostitutas.

O economista, que começou a depor no Tribunal Correcional de Lille, onde está sendo julgado ao lado de outras 13 pessoas por agenciamento de prostitutas, negou que as orgias eram "uma atividade desenfreada", como diz a acusação.

O principal elemento de acusação contra o ex-ministro socialista francês são os testemunhos das prostitutas. Elas afirmam que Strauss-Kahn sabia que estavam participando das festas por dinheiro e seria difícil ignorar isto, entre outras coisas em função das práticas "brutais" das orgias.

Uma testemunha, Mounia, contou no tribunal, segundo relato da "France Info", como eram as orgias realizadas em um hotel em Paris, como subiu para o quarto onde Strauss-Kahn (conhecido por suas iniciais DSK) o esperava, assim como a "brutalidade" da relação que mantiveram -que admitiu ter sido consentida.

"Mostrei reservas com gestos" porque "não queria essas práticas", disse a ex-prostituta, que ao ser perguntada pela reação de DSK afirmou: "o que me marcou foi seu sorriso".

Mounia admitiu, no entanto, que durante esse encontro não se falou de dinheiro nem de seu cachê.

A emissora "BFM TV" destacou que DSK se mostrou muito tranquilo durante o interrogatório, dono da situação, e que disse ter participado de uma dúzia de orgias durante três anos, mas que em nenhum momento soube que as mulheres estavam nas festas por dinheiro.

Ao chegar ao tribunal pela manhã, três ativistas do Femen com peitos nus e inscrições no corpo se jogaram sobre o carro do ex-diretor-gerente do FMI gritando contra os homens que contratam prostitutas e agenciadores. 

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