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Não haverá nova negociação com Reino Unido, adverte Juncker

Juncker fez essas declarações ao término de uma reunião com o chanceler austríaco, Christian Kern


	Jean-Claude Juncker: "Não haverá renegociação nem sobre o acordo do mês de fevereiro nem no contexto dos Tratados. Fora é fora"
 (Vincent Kessler/Reuters)

Jean-Claude Juncker: "Não haverá renegociação nem sobre o acordo do mês de fevereiro nem no contexto dos Tratados. Fora é fora" (Vincent Kessler/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2016 às 11h36.

Bruxelas - O presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker advertiu nesta quarta-feira que não haverá nova negociação com o Reino Unido, e que esse país já obteve "o máximo" que podia conseguir da União Europeia (UE).

Juncker fez essas declarações ao término de uma reunião com o chanceler austríaco, Christian Kern.

"Os eleitores devem saber que não haverá renegociação. Concluímos um acordo com o primeiro-ministro David Cameron, obteve o máximo possível. Demos o máximo que podíamos dar", disse o presidente da CE, em referência ao acordo firmado em fevereiro entre o Reino Unido e os demais Estados-membros.

"Não haverá renegociação nem sobre o acordo do mês de fevereiro nem no contexto dos Tratados. Fora é fora. Defendo o ponto de vista que precisamos de um acordo justo e equitativo com o Reino Unido. O negociamos há uns meses, constatamos que o acordo entre o Reino Unido e a UE não é brincadeira, mas seria bom para os britânicos e nós mesmos se ficasse na UE", advertiu Juncker.

O principal responsável do Executivo comunitário não quis antecipar os possíveis planos do grupo caso o "brexit" (saída do Reino Unido da União) vença no referendo que os britânicos votarão amanhã.

O chanceler austríaco, por sua vez, afirmou que nos últimos anos os dirigentes políticos não apresentaram suficientes argumentos sobre as vantagens de pertencer à UE.

"Na última década, não foram apresentados muitos argumentos pró-europeus aos cidadãos, não foram apresentadas as vantagens. São os dirigentes políticos os que devem explicar o que nossos países conseguiram da UE", opinou. 

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