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Não há planos para cancelar voos do Brasil para EUA, diz embaixador

Presidente americano, Donald Trump, já ameaçou mais de uma vez restringir os voos do país para os EUA

Aeroporto de Guarulhos: números de voos caíram do Brasil para os Estados Unidos (Amanda Perobelli/Reuters)

Aeroporto de Guarulhos: números de voos caíram do Brasil para os Estados Unidos (Amanda Perobelli/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de maio de 2020 às 10h06.

Última atualização em 21 de maio de 2020 às 10h09.

O novo embaixador norte-americano no Brasil, Todd Chapman, afirmou na manhã desta quinta-feira que os voos do País para os Estados Unidos continuarão, sempre respeitando as medidas adotadas desde o início da crise do novo coronavírus, que restringe o número de viagens aéreas para várias partes do globo.

Segundo disse em entrevista à rádio CBN, eram 13 voos daqui para os EUA, mas por conta da pandemia, atualmente são nove. "Estamos sempre analisando isso como forma de proteção não só aos EUA, mas também para o Brasil. Por ora, continuam os voos. É uma realidade que já tem impacto em muitos países, mas sempre será uma análise que faremos juntos com o governo do Brasil", afirmou.

O presidente americano, Donald Trump, já ameaçou mais de uma vez restringir os voos do país para os EUA.

Chapman agradeceu o trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas reclamou da conduta da instituição em relação à China onde relatos indicam que o novo coronavírus teria começado. "Reclamamos da falta de transparência que não veio da China para controle do vírus. E essa informação falta que está causando danos. É uma atitude pouco responsável para a saúde pública do mundo e todos pagam a conta", lamentou.

De acordo com Chapman, há três formas adotadas pelos EUA para a recuperação da economia. Segundo ele, além da liberação de recursos para trabalhadores neste momento de crise e de crédito para as empresas, o país também acredita em retorno de algumas empresas norte-americanas da China.

Chapman disse que há relatos de interesses de companhias que estariam com intenção de sair do país asiático para outros destinos, não só os EUA.

"Conhecendo a dependência de empresas da indústria chinesa, muitas delas estão planejando sair de lá. Nós também estamos recebendo informações de companhias interessadas em voltar para os EUA, em encontrar outros lugares para os seus bens. E isso ajudará na reativação da economia americana", contou, completando que caso isso venha a ocorrer de fato, também poderá beneficiar o Brasil.

O embaixador disse que a ajuda do governo norte-americano ao Brasil no combate à pandemia de covid-19 está chegando em dinheiro, sendo R$ 17 milhões para a Fiocruz e o Ministério da Saúde, além de "mais ou menos" R$ 14 milhões que serão enviados a pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente da região amazônica. "Estamos muito felizes em podermos oferecer essas doações".

Conforme ele, os EUA e as instituições de lá estão mantendo parcerias também na parte da ciência, no sentido de avanço de vacina para o combate à doença. "Temos uma parceria décadas. O compartilhamento de informações é muito importante."

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