Refugiado sírio: cerca de 25 mil refugiados chegaram à Holanda desde princípios de 2015 (REUTERS/Yannis Behrakis)
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2015 às 15h39.
Bruxelas - O governo holandês enviou nesta terça-feira uma carta aos refugiados amparados no país na qual informa que a "Holanda não tem lugar suficiente nos centros de recepção regulares", assim como sobre as dificuldades legais e materiais que podem enfrentar no futuro.
Na carta, assinada pelo secretário de Estado holandês de Imigração, Klaas Dijkhoff, está explicado "o que podem esperar" e por que estão recebendo "uma recepção austera".
A circular foi enviada em nove idiomas aos refugiados hospedados nos centros do país "para resolver dúvidas frequentes", informou o Ministério de Imigração à Agência Efe.
"É impossível confirmar ao senhor se será outorgada uma permissão de residência com a qual possa permanecer temporariamente na Holanda e sua solicitação demorará meio ano a ser processada", segundo a carta.
Caso a resolução seja negativa, acrescenta, "o senhor terá que abandonar a Holanda imediatamente, em algo que não podemos ajudá-lo".
A circular avisa que, até no suposto que a resolução seja positiva, "não há casas para todos, por isso que é possível que o senhor tenha que ficar no centro de refugiados".
Isto pode representar viver durante meses em uma casa pré-fabricada ou em um edifício de escritórios junto com mais pessoas, indica o governo holandês aos refugiados.
A Holanda diz que, por carecer de permissão de residência, "o senhor não poderá realizar a solicitação para trazer outros membros de sua família" e também não garante aos refugiados que isto possa ser feito no futuro.
O secretário de Estado de Imigração garantiu em declarações aos meios de comunicação holandeses que o objetivo da nota é dar resposta às perguntas que surgem entre os refugiados.
"Frequentemente nos dirigem as mesmas questões, portanto estamos tentando oferecr a informação que demandam", manifestou.
Cerca de 25 mil refugiados chegaram à Holanda desde princípios de 2015, a maioria da Síria e, em menor medida, cidadãos da Eritreia, Iraque e Afeganistão.