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Não há limpeza étnica na RCA, diz França

Comandante das tropas francesas na República Centro-Africana afirmou que não está ocorrendo limpeza étnica no país

Francisco Soriano, comandante das tropas francesas na República Centro-Africana: general se mostrou convencido de que a situação é reversível (Siegfried Modola/Reuters)

Francisco Soriano, comandante das tropas francesas na República Centro-Africana: general se mostrou convencido de que a situação é reversível (Siegfried Modola/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 09h56.

Paris - O comandante das tropas francesas na República Centro-Africana, Francisco Soriano, afirmou nesta segunda-feira que não está ocorrendo uma limpeza étnica neste país, embora tenha reconhecido que existem grupos armados que exercer "pressão" sobre os muçulmanos.

"Não há limpeza étnica", afirmou Soriano em entrevista à emissora de rádio "Europe 1". O comandante reconheceu que a população muçulmana "sofre uma pressão", sobretudo de certos grupos armados, o que provocou deslocamentos dentro do país.

O general se mostrou convencido de que a situação é reversível e que "a segurança devolverá essas pessoas para suas casas". O comandante afirmou que "por enquanto a principal ameaça são as milícias armadas" e por isso o primeiro objetivo da missão internacional é desarmá-las. Soriano informou que há alguns dias as tropas francesas destruíram 10 toneladas de munição.

O comandante disse ainda que uma parte dos reforços que serão enviados pela França já chegou procedente do Chade e Djibuti. O presidente francês, François Hollande, aprovou o aumento do contingente de militares na RCA de 1.400 para dois mil.

Soriano admitiu, no entanto, que levando em conta a dimensão da República Centro-Africana e a situação do país, "há uma grande necessidade de segurança".

Mas ressaltou que os outros países europeus, que inicialmente iriam enviar 500 militares, aceitaram dobrar esse número, e que o número de soldados oferecidos pela missão da ONU na RCA subirá para seis mil.

Os deputados franceses devem se pronunciar amanhã sobre um prolongamento do mandato de seus soldados na República Centro- Africana por mais quatro meses.

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