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Não há indícios de que Assad usou produtos alemães

Chanceler alemã reconheceu que revisaram as exportações realizadas e também ressaltou a estrita regulação alemã para exportação de materiais de duplo uso


	Angela Merkel: chanceler alemã assegurou que a Alemanha acompanhará de perto o cumprimento do plano desenhado pelos EUA e Rússia para destruir o arsenal químico sírio
 (Johannes Eisele/AFP)

Angela Merkel: chanceler alemã assegurou que a Alemanha acompanhará de perto o cumprimento do plano desenhado pelos EUA e Rússia para destruir o arsenal químico sírio (Johannes Eisele/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2013 às 15h13.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, declarou nesta quarta-feira que não há "nenhum indício" que aponte que o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, tenha usado produtos importados da Alemanha para fabricar seu arsenal químico.

"Segundo os dados dos que disponho, os materiais foram destinados para usos civis", declarou Merkel em entrevista à emissora pública "ARD" após a divulgação da notícia de que a Alemanha teria exportado mais de 130 toneladas de produtos químicos suscetíveis de serem usados na fabricação de gás sarin à Síria entre 2002 e 2006.

Os números vieram à tona depois que o Executivo alemão respondesse uma consulta parlamentar da Esquerda, a qual confirmava as exportações à Síria durante a última legislatura do chanceler social-democrata Gerhard Schröder (2002-2005), que governou junto aos Verdes, e a primeira de Merkel, uma grande coalizão de democratas-cristãos e social-democratas.

A chanceler reconheceu que revisaram as exportações realizadas e também ressaltou a estrita regulação alemã para exportação de materiais de duplo uso - suscetíveis de serem usados para fins civis e militares.

Em relação ao relatório dos inspetores das Nações Unidas que constatou um ataque com armas químicas nos arredores de Damasco no último dia 21 de agosto, a chanceler alemã assinalou que há "fortes indícios" que apontam o regime de Bashar al Assad como responsável.

Após insistir na necessidade do Tribunal Penal Internacional julgar os culpados, Merkel assegurou que a Alemanha acompanhará de perto o cumprimento do plano desenhado pelos EUA e Rússia para destruir o arsenal químico sírio.

"Não contam as palavras, mas os fatos", completou Merkel antes de insistir que um ataque químico contra a população civil não deve ficar sem castigo. 

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