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Não há garantias de que corpos sejam achados, diz Holanda

Polícia holandesa afirmou que não há garantias de encontrar todos os corpos das vítimas do desastre aéreo no leste da Ucrânia

Corpo de vítima da queda do Boeing 777 malásio, que caiu no leste da Ucrânia (Maxim Zmeyev/Reuters)

Corpo de vítima da queda do Boeing 777 malásio, que caiu no leste da Ucrânia (Maxim Zmeyev/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 13h01.

Haia - Não há garantias de encontrar todos os corpos das vítimas do desastre aéreo no leste da Ucrânia, assim como todos os seus pertences, advertiu nesta segunda-feira o chefe da polícia holandesa.

"Eu gostaria de poder dar garantias de que todo os corpos e todos os objetos de uso pessoal vão retornar, mas acredito que as chances não são muito grandes", afirmou Gerard Bouman, chefe da polícia holandesa, durante um 'briefing' ao Parlamento holandês.

Bouman declarou que esta possibilidade havia sido discutida com os familiares das vítimas. Ele também disse não saber quantos corpos foram encontrados até o momento.

"O que encontramos nos sacos enviados da Ucrânia (...) é indescritível, é realmente horrível", explicou. "Há fragmentos (humanos), grandes e pequenos. Alguns fragmentos estão queimados", descreveu.

Um Boeing da Malaysia Airlines foi abatido por um míssil em 17 de julho no leste da Ucrânia, com 298 pessoas a bordo, incluindo 28 australianos e 193 holandeses.

processo de identificação das vítimas deve acontecer na Holanda e durar vários meses.

Ao todo, 228 caixões foram transportados de avião para a Holanda, mas, segundo Bouman, um caixão não corresponde necessariamente a uma vítima.

Dez dias após a tragédia, partes de corpos, destroços e pertences pessoais das vítimas ainda estão no local onde o avião caiu, em torno do qual combates entre as forças ucranianas e separatistas são cada vez mais intensos.

Os rebeldes indicaram no domingo que tinham enviado às autoridades holandesas um trem no leste da Ucrânia contendo pertences pessoais das vítimas, mas o Ministério da Justiça negou a informação.

Policiais desarmados holandeses e australianos tentaram visitar o local da tragédia nesta segunda-feira, mas foram obrigados a retornar por razões de segurança.

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