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Não há evidências de doações da Odebrecht no Panamá, diz ministro

O presidente do país, Juan Carlos Varela, negou na quinta-feira que tenha recebido doações da construtora

Odebrecht: o presidente esclareceu que as doações de campanha "não são propinas" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Odebrecht: o presidente esclareceu que as doações de campanha "não são propinas" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 14h54.

Panamá - O ministro da Casa Civil do Panamá, Álvaro Alemán, afirmou nesta sexta-feira que não existe evidência de que alguma pessoa ou empresa vinculada à construtora brasileira Odebrecht tenha contribuído em dinheiro com a campanha que levou ao poder o atual presidente do país, Juan Carlos Varela.

"Não temos evidências (...) não temos indícios de que alguma dessas pessoas" que contribuíram com a campanha de Varela "esteja vinculada à empresa Odebrecht", disse Alemán em uma entrevista à emissora local "TVN".

Varela negou na quinta-feira que tenha recebido doações da Odebrecht, como denunciou seu ex-ministro-conselheiro e sócio do polêmico escritório de advocacia Mossack Fonseca, Ramón Fonseca Mora, horas antes de ser detido por seu suposto envolvimento no escândalo de corrupção da "Lava Jato".

O presidente, que esclareceu que as doações de campanha "não são propinas", anunciou que publicará a lista de seus colaboradores autenticada pelo Tribunal Eleitoral, o que segundo Alemán ocorrerá ainda hoje.

Nessa lista aparecerão "todas as doações" que Varela recebeu durante a campanha pela presidência do Panamá, com o "nome do doador e o montante, porque isso é o que exige a lei", disse Alemán.

"Estamos dando um passo além ao torná-las públicas", acrescentou o ministro, após lembrar que a legislação panamenha não o obriga a isso, e reiterou o pedido de Varela para que os demais candidatos presidenciais também revelem os nomes de seus contribuintes.

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