Mundo

Não há compromisso possível com a China sobre ilhas Senkaku

Noda considerou que a China havia entendido mal os problemas em questão e pediu o fim dos ataques contra interesses japoneses neste país

Yoshihiko Noda, primeiro-ministro japonês na Assembleia da ONU: A China novamente acusou o Japão de "violação flagrante da integridade chinesa" durante reunião (©AFP/Getty Images / John Moore)

Yoshihiko Noda, primeiro-ministro japonês na Assembleia da ONU: A China novamente acusou o Japão de "violação flagrante da integridade chinesa" durante reunião (©AFP/Getty Images / John Moore)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2012 às 18h50.

Nova York - O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, afirmou nesta quarta-feira em Nova York que não há um compromisso possível com a China sobre a soberania das ilhas Senkaku, reivindicadas por Pequim.

Noda considerou que a China havia entendido mal os problemas em questão e pediu o fim dos ataques contra interesses japoneses neste país.

Essas ilhas situadas no Mar da China Oriental "fazem parte integrante de nosso território conforme a nossa história e as leis internacionais", declarou Noda a jornalistas à margem da Assembleia Geral da ONU.

"Está muito claro que não há questões territoriais nesse sentido. Então não pode haver compromisso que signifique um retorno a partir desta posição básica. Devo dizê-los claramente", acrescentou o líder japonês.

A China está descontente com a recusa de Tóquio de reconsiderar a sua recente decisão de nacionalizar as ilhotas dessa região marítima reivindicada pelos dois gigantes asiáticos. O pequeno arquipélago é chamado pela China de Diaoyu, enquanto o Japão o denomina Senkaku.

A nacionalização "tem por objetivo garantir uma gestão estável" do arquipélago, afirmou o primeiro-ministro, lembrando que Tóquio havia reiterado "em diversas oportunidades" à China que havia transferido a propriedade --privada-- dessas ilhas ao Estado japonês.

"Parece que a China ainda deve entender isso e, em razão de sua falta de compreensão, houve um ataque ou atos de violência e de destruição contra cidadãos e bens japoneses" na China, lamentou.

"Em circunstância alguma a violência deve ser tolerada, e pedimos vigorosamente à China que proteja esses cidadãos e esses bens", acrescentou Noda.

A China novamente acusou o Japão de "violação flagrante da integridade chinesa" durante uma reunião realizada entre as chancelarias dos dois países, nesta terça-feira à noite em Nova York.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDiplomaciaJapãoONUPaíses ricos

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado