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Não achei que iria sobreviver, diz homem que matou Bin Laden

Identidade de Robert O’Neill, que deu o tiro que matou o líder da Al Qaeda, foi revelada pelo jornal The Washington Post


	Robert O'Neill, ex-soldado do SEAL que, segundo o The Washington Post, deu o tiro que matou Osama bin Laden
 (Reprodução/Twitter)

Robert O'Neill, ex-soldado do SEAL que, segundo o The Washington Post, deu o tiro que matou Osama bin Laden (Reprodução/Twitter)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 21h46.

São Paulo - Depois de três anos, finalmente a identidade do homem que matou o terrorista Osama bin Laden foi revelada. Trata-se de Robert O’Neill, um ex-membro do SEAL (grupo de elite da Marinha dos EUA), segundo o jornal The Washington Post.

Nativo de Montana, O'Neill tem 38 anos e é um militar altamente condecorado nas guerras do Afeganistão e do Iraque. Para o jornal, o ex-militar  veio a público por estar convencido de que sua identidade poderia ser vazada por outras pessoas.

Segundo o jornal, O’Neill disse que tomou a decisão depois de um encontro particular com parentes das vítimas do ataque de 11 de setembro. Na ocasião, ele teria relatado sobre como Bin Laden "encontrou o seu fim".

Na entrevista ao Post, o militar disse que essa narração ajudou muitos desses familiares.

Segundo relatos de outros integrantes do SEAL, O’Neill era o segundo do grupo quando o quarto de Bin Laden foi invadido. O terrorista teria aparecido na porta, quando o primeiro soldado teria errado o seu tiro.

O’Neill entrou no quarto e conseguiu ver Bin Laden através dos óculos de visão noturna. 

"Lá estava Bin Laden, em pé. Ele tinha as mãos nos ombros de uma mulher, empurrando-a para frente", disse ao Washington Post.

Foi nesse momento que ele teria atirado duas vezes na cabeça do terrorista.

No momento da missão, O'Neill já tinha servido o SEAL por 15 anos, conseguindo chegar à unidade de elite conhecido como Team 6.

Ele também já participou de outras grandes missões, como o resgate do capitão Richard Phillips de pitaras na costa da Somália, que virou um filme estrelado por Tom Hanks, em 2013.

Apesar de várias missões no currículo, O'Neill disse que essa foi a primeira que ele realmente acreditou que poderia morrer. "Eu não achei que iria sobreviver", disse ao Washington Post.

Líder do grupo terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden morreu em maio de 2011, quase 10 anos depois do atentado contra o World Trade Center.

Ele estava vivendo em uma mansão de Abbottabad, no Paquistão.

Cooperação com a imprensa

Robert O'Neil estava se preparando para revelar a sua identidade apenas na semana que vem, em entrevistas para a rede Fox News e para o próprio The Washington Post.

Mas o site SOFREP, operado por outros ex-militares do SEAL, antecipou a informação em protesto pela decisão de O'Neill. A cooperação com a imprensa não agradou muito esses veteranos.

Alguns desses insatisfeitos destacaram, inclusive, que um dos dogmas da profissão é a de "não anunciar a natureza do meu trabalho, nem buscar o reconhecimento de minha ação".

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