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Nancy Lanza, morta pelo filho com sua própria arma

Ela foi a primeira vítima de Adam, que lhe disparou quatro tiros na cabeça enquanto dormia, antes de assassinar outras 26 pessoas em uma escola norte-americana


	Muito se falou nos últimos dias da personalidade de Nancy e, em particular, de sua coleção de pistolas e rifles, sobre a qual ela falava no bar onde costumava se reunir com os amigos
 (Ethan Miller/Getty Images)

Muito se falou nos últimos dias da personalidade de Nancy e, em particular, de sua coleção de pistolas e rifles, sobre a qual ela falava no bar onde costumava se reunir com os amigos (Ethan Miller/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 08h39.

Newtown - Nancy Lanza foi, na última sexta-feira, a primeira vítima do seu filho Adam, que, empunhando uma das armas que ela colecionava, lhe disparou quatro tiros na cabeça enquanto dormia, antes de assassinar outras 26 pessoas, entre elas 20 crianças, em uma escola em Newtown, no estado americano de Connecticut.

Após executar o massacre, um dos mais sangrentos na história dos Estados Unidos, Adam Lanza, de 20 anos, se suicidou.

Desde que a matança ocorreu, a personalidade de Nancy vem sendo montada pelos investigadores e pela imprensa, que tentam entender o caso.

Embora, a princípio, a imprensa tenha apontado que ela era professora da escola primária Sandy Hook, onde seu filho entrou à força na sexta-feira passada, o certo é que Nancy se dedicava às finanças.

Nancy Jean Champion tinha 52 anos e era conhecida como 'Beanie' quando estudava em um instituto em Kingston, no estado de New Hampshire.

Foi lá que se casou, em 1981, com Peter Lanza, com quem um tempo depois se mudou para Newtown. Em 2009, o casal se divorciou.

Nesta época, o filho mais velho do casal, Ryan Lanza, se formou na universidade e foi viver em Nova York, deixando Adam morando sozinho com sua mãe.

Ela se demitiu para cuidar do filho, que, segundo amigos, era inteligente mas muito introvertido, e vivia da generosa pensão do seu ex-marido, um contador da General Electrics.


Dan Holmes, amigo de Nancy há anos, conheceu a mãe de Adam em um bar desta pequena cidade de Connecticut e cuidou do seu jardim em diversas ocasiões.

Muito se falou nos últimos dias da personalidade de Nancy e, em particular, de sua coleção de pistolas e rifles, sobre a qual ela falava às vezes no bar onde costumava se reunir com os amigos, explicou Holmes à Agência Efe.

'Uma vez me mostrou um dos seus rifles na porta da sua casa', explica Holmes, que assegura que ela conversava às vezes sobre como gostava de armas, 'como muita gente', mas era uma mulher 'responsável', pelo que lamenta que 'a imprensa a esteja retratando de uma maneira diferente'.

Segundo relataram várias pessoas próximas a Nancy, ela costumava levar seus filhos a campos de tiro para que praticassem.

A arma utilizada pelo autor do massacre, uma espingarda semiautomática Bushmaster 223, assim como outras duas pistolas semiautomáticas, uma Glock e uma Sig Sauer, estavam registradas em nome de sua mãe.

De cabelo loiro e pele branca, Nancy se dedicava também à jardinagem e experimentara um crescente entusiasmo pelo tiro ao alvo.

Russell Hanoman, outro de seus amigos, explicou recentemente em entrevista à emissora 'NBC' que Nancy 'era uma mãe devotada, especialmente com relação ao seu filho Adam', e que as armas eram apenas um hobby para ela.

Segundo Hanoman, o seu interesse em ensinar-lhe tiro era uma questão de responsabilidade.

'As armas requerem grande respeito, e realmente tentou inculcar através delas essa responsabilidade dentro de Adam. Cuidar dele a encantava', acrescentou seu amigo. EFE

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