Padres e outros religiosos acompanham o funeral do papa no Vaticano (Filippo Monteforte/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 26 de abril de 2025 às 08h30.
O Vaticano, menor Estado soberano do planeta, é também o detentor da cidadania mais exclusiva do mundo.
Com uma população de aproximadamente 800 pessoas, a nacionalidade vaticana é concedida apenas a indivíduos que possuem vínculos diretos com a Santa Sé, como cardeais, membros da Guarda Suíça e funcionários da Igreja, bem como seus familiares imediatos.
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De acordo com o jornal espanhol AS, diferentemente da maioria dos países, onde a cidadania pode ser adquirida por nascimento no território, no Vaticano ela é atribuída por concessão.
Além disso, essa nacionalidade não é vitalícia; ao perder o vínculo que justificava sua concessão, o indivíduo também perde a cidadania vaticana.
Como não há hospitais e maternidades dentro de suas fronteiras, é extremamente raro que alguém nasça no Vaticano.
Nos casos excepcionais em que isso ocorre, o recém-nascido recebe a cidadania italiana, conforme estabelecido por acordos entre o Vaticano e a Itália.
Essa peculiaridade reflete a natureza singular do Vaticano, onde a cidadania está intrinsecamente ligada à função e ao serviço à Igreja Católica, reforçando seu caráter de Estado eclesiástico.