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Na Itália, 5 Estrelas e Liga aprovam programa de governo conjunto

Siglas prometem reduzir a dívida pública da Itália através de medidas que estimulem o consumo interno e impulsionem o crescimento

Itália: os dois partidos antiestablishment que tentam formar um governo de coalizão na Itália, o Movimento 5 Estrelas e o Liga, chegaram a um acordo (Palácio Presidencial Italiano/Divulgação/Reuters)

Itália: os dois partidos antiestablishment que tentam formar um governo de coalizão na Itália, o Movimento 5 Estrelas e o Liga, chegaram a um acordo (Palácio Presidencial Italiano/Divulgação/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de maio de 2018 às 08h40.

Roma - Os dois partidos antiestablishment que tentam formar um governo de coalizão na Itália, o Movimento 5 Estrelas e o Liga, chegaram a um acordo sobre um programa de governo conjunto que propõe cortes de impostos e aumento nos gastos com bem-estar social.

As siglas prometem reduzir a dívida pública da Itália através de medidas que estimulem o consumo interno e impulsionem o crescimento, com o argumento de que as políticas de austeridade antes implementadas estavam equivocadas e não ajudaram o país a reduzir seu endividamento, que é o terceiro maior do mundo.

"Esse é um contrato entre duas forças políticas, que são e continuam alternativas, que as obriga a fazer o que prometeram aos cidadãos", comentou Luigi Di Maio, líder do Movimento 5 Estrelas, em vídeo divulgado no Facebook.

Segundo o contrato, de 57 páginas, os partidos planejam cortar impostos e simplificar o sistema tributário, com a introdução de duas alíquotas de imposto de renda, de 15% e 20%.

O documento também prevê a criação de uma renda universal mínima para pobres e desempregados, com valor individual de 780 euros (US$ 921) por mês.

Além disso, o contrato pretende eliminar ou diluir significativamente a reforma previdenciária adotada em 2011, no auge da crise financeira, que, segundo analistas, ajudou a manter as finanças da Itália numa trajetória sustentável.

Às 6h30 (de Brasília), a Bolsa de Milão tinham o pior desempenho entre grandes mercados acionários da Europa, com queda de 1,22%. Fonte: Dow Jones Newswires.

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