Mundo

Na França, Macron muda governo – e Louvre reabre

Macron deve apresentar nesta segunda os novos integrantes do ministério no mesmo dia em que o museu mais visitado do mundo volta a receber visitantes

O LOUVRE REABERTO: França tenta retomar rotina em meio a reviravolta política  (Charles Platiau/Reuters)

O LOUVRE REABERTO: França tenta retomar rotina em meio a reviravolta política (Charles Platiau/Reuters)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 6 de julho de 2020 às 06h41.

Na França, dia de mudança de um lado, e de volta a rotina por outro, nesta segunda-feira. O dia será agitado para o governo de Emmanuel Macron. Hoje é esperado que o presidente francês e o novo primeiro-ministro recém nomeado, Jean Castex, apresentem os novos nomes dos políticos que vão compor o seu ministério.

A reforma ministerial ocorre pouco mais de uma semana depois de uma vitória acachapante do Partido Verde nas eleições municipais do país, derrotando o partido do presidente Emmanuel Macron, o République em Marche, em importantes cidades francesas, como Bordeaux, Lyon, Estrasburgo, Grenoble e Rouen.

Depois da derrota, Macron substituiu o então primeiro-ministro Edouard Phillipe por Jean Castex na sexta-feira (3), e trocou o ministério. O presidente diz querer buscar “um novo caminho” para reconstruir o país, após o prejuízo econômico causado pela pandemia do novo coronavírus.

Com a formação do novo ministério, a expectativa é que Macron e o primeiro-ministro Jean Castex tentem demonstrar uma maior preocupação com os temas ambientais e sociais que foram destaque nas eleições municipais. O presidente ainda tem quase 2 anos de mandato e tenta reconquistar a sua popularidade entre os franceses que o elegeram em 2017.

“Recuperar a economia, perseguir a reconstrução da nossa proteção social e do meio ambiente, restabelecer uma ordem republicana justa e defender a soberania europeia: essas são as nossas prioridades”, escreveu o presidente Macron em uma mensagem publicada no Twitter no domingo.

O Louvre reabre

Também nesta segunda-feira, uma das principais atrações turísticas da França, o Museu do Louvre, em Paris, reabre para o público depois de permanecer quase quatro meses fechado por causa da pandemia do coronavírus. Para evitar aglomerações, o museu adotou novos protocolos de segurança, incluindo um controle mais rígido de acesso à obra de arte mais famosa do mundo, Mona Lisa.

O quadro de Leonardo da Vinci costuma provocar tumulto pelo grande número de pessoas afoitas por uma selfie. Para reduzir a confusão, a Sala dos Estados, onde é exposta a obra, conta agora com portas separadas de entrada e saída, obrigando os visitantes a seguirem um itinerário único. Sinais no chão lembrarão as pessoas de manterem o distanciamento social. Os visitantes poderão entrar em uma das duas filas e ficar alguns minutos diante de Mona Lisa, a 3 metros de distância.

Todos os visitantes do Louvre devem levar sua própria máscara e reservar com antecedência um horário na bilheteria oficial do museu (www.ticketlouvre.fr). Algumas salas continuarão fechadas, mas não faltará o que ver: são mais de 32.000 obras distribuídas em 45.000 metros quadrados abertos ao público.

Inaugurado em 1793, o Louvre é o museu mais visitado do mundo. Recebe por ano cerca de 10 milhões de pessoas, número superior ao de turistas estrangeiros que visitam o Brasil a cada ano (menos de 7 milhões). Os estrangeiros representam em torno de 75% do público do Louvre. Com a União Europeia ainda fechada para a maioria dos países fora do continente, incluindo o Brasil, a previsão é que o museu receba este ano menos de 2 milhões de visitantes.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusEmmanuel MacronExame HojeFrançaMuseu do Louvre

Mais de Mundo

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20

Controle do Congresso dos EUA continua no ar três dias depois das eleições

China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Xiaomi SU7 atinge recorde de vendas em outubro e lidera mercado de carros elétricos