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Musk diz que vai reverter banimento de Donald Trump do Twitter

O bilionário Elon Musk afirmou que foi um "erro" do Twitter banir a conta do ex-presidente Donald Trump após a invasão do Capitólio

Donald Trump: ex-presidente teve a conta banida em 2020 após a invasão do Capitólio (AFP/AFP)

Donald Trump: ex-presidente teve a conta banida em 2020 após a invasão do Capitólio (AFP/AFP)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 10 de maio de 2022 às 14h54.

Última atualização em 10 de maio de 2022 às 15h36.

O empresário Elon Musk afirmou que deve reverter o banimento do Twitter ao ex-presidente americano, Donald Trump, caso conclua a compra da rede social. Musk fez uma oferta para comprar o Twitter por US$ 44 bilhões e, se o processo for bem-sucedido, se tornará o novo dono da plataforma.

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Em evento nesta terça-feira, 10, o presidente da montadora Tesla disse que foi uma "decisão ruim" e "estúpida" do Twitter banir Trump, segundo reportou o jornal Washington Post.

O ex-presidente americano teve a conta banida da rede social após incitar apoiadores na invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2020. A invasão se deu quase dois meses depois de Trump ter perdido a eleição para o atual presidente americano, o democrata Joe Biden.

"Eu acho que não foi correto banir Trump e eu acho que foi um erro", disse Musk nesta terça-feira. "Alienou uma grande parte do país e não resultou, em última análise, em Trump não ter uma voz."

A declaração foi feita em um evento sobre o mercado automotivo promovido pelo jornal britânico Financial Times.

Perguntado sobre seus planos para o caso do ex-presidente, Musk disse que a compra do Twitter não está concluída ainda, mas que, no geral, sua decisão seria de devolver a conta a Trump.

"Eu acho que a resposta seria reverter o banimento permanente", disse, mas reforçou que "não sou dono do Twitter ainda".

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Quando Musk anunciou a intenção de comprar o Twitter, políticos republicanos, do partido de Trump, comemoraram a transação. Especulou-se que uma das medidas do dono da Tesla seria devolver a conta a Trump.

O ex-presidente, por sua vez, afirmou na ocasião que não retornaria ao Twitter nem que fosse autorizado a fazê-lo.

Desde que perdeu as contas nas principais plataformas, Trump migrou para sua rede social própria, que batizou de Truth Social, mas com menos alcance do que nas redes majoritárias, onde acumulava milhões de seguidores.

Trump também teve a conta suspensa das plataformas da Meta (ex-Facebook), mas o conselho consultivo da empresa decidiu por restringir a punição a um período de dois anos.

Os planos de Musk para o Twitter

Musk não se define como republicano, mas se classifica como um "absolutista" da liberdade de expressão. O bilionário, que é dono da fabricante de veículos elétricos Tesla e outras empresas, tem criticado políticas de moderação de conteúdo na rede social e a expectativa é que haja novas diretrizes caso ele venha a ser o dono do Twitter.

O debate sobre conteúdo nas redes sociais divide opiniões.

Uma pesquisa recente da Morning Consult nos EUA apontou que eleitores do Partido Republicano são os mais preocupados com o que avaliam como falta de "liberdade de expressão" e suposta "censura" a suas ideias nas redes.

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Já membros do Partido Democrata têm expressado preocupação em ter o Twitter nas mãos de uma única pessoa. A senadora democrata Elizabeth Warren escreveu que o acordo do Twitter com Musk é "perigoso para nossa democracia".

Até o momento, a expectativa é que a rede social saia da bolsa de valores e passe a ter o capital fechado, com Musk como dono, embora esse cenário ainda não esteja confirmado.

Entre suas promessas para a rede social, Musk disse em abril, após anunciada a aquisição, que buscava "tornar o Twitter melhor do que nunca".

O bilionário afirmou que pretende chegar lá "aprimorando o produto com novos recursos, tornando os algoritmos de código aberto para aumentar a confiança, derrotando os bots de spam e autenticando todos os humanos”. Musk também chegou a ventilar a possibilidade de tornar o Twitter um serviço pago.


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